A greve dos enfermeiros registou uma adesão de 60% a 70% e reuniu cerca de uma centena de profissionais numa concentração em Lisboa para exigir melhores condições de trabalho e salariais, anunciou esta quarta-feira o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
“Apesar da indigna manobra de diversão do Ministério da Saúde em torno de um referido acordo, para confundir e desmobilizar”, a expressiva adesão dos enfermeiros a esta greve traduz o seu descontentamento, amplamente generalizado, face aos problemas não resolvidos”, afirmou o SEF, em comunicado.
Os enfermeiros pretendem que o ministério reagende uma reunião negocial, que chegou a estar marcada para 12 de Setembro.
“Os enfermeiros não deixarão de lutar por justas e sensatas propostas de solução para o vasto conjunto de problemas com que estão confrontados”, prometeu o SEP.
Os enfermeiros concluíram esta quarta-feira uma greve nacional de dois dias.
A concentração desta quarta-feira, em Lisboa, reuniu cerca de 100 profissionais, frente ao Ministério da Saúde, segundo uma estimativa da Lusa no local.
Em declarações à TSF, José Carlos Martins, dirigente do SEP entende que a mobilização dos enfermeiros é um sinal claro da insatisfação destes profissionais de saúde, apesar daquilo que diz ter sido uma “manobra de diversão” por parte do Ministério da Saúde e de outros sindicatos de enfermagem, numa referência à reunião em que o Governo chegou a acordo com cinco sindicatos do sector, para aumentos salariais.
As negociações com o SEP decorrem à margem destes sindicatos e o dirigente sindical aguarda ainda por uma reunião com a ministra da Saúde. Acredita que não está em causa haver ou não um encontro com o Governo, mas não descarta convocar novos protestos, caso o Ministério não aceda às exigências dos enfermeiros.