O ministro da Defesa Nacional desloca-se na quarta-feira à Roménia para contactar com a força destacada nas missões da NATO no país e visita na quinta-feira a operação europeia de controlo de fronteiras na Grécia.
No primeiro dia da deslocação, em que participa também o secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Álvaro Castelo Branco, Nuno Melo reúne-se com o ministro da Defesa da Roménia, Angel Tilvar, seguindo para a base militar de Caracal, onde está um contingente de 225 militares portugueses.
No dia seguinte, Nuno Melo assiste, com o Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo, à cerimónia do corte da 1.ª chapa do navio multifunções D. João II, nos estaleiros da empresa holandesa Damen, em Galati, no leste da Roménia.
Na sexta-feira, Nuno Melo segue para a ilha de Lesbos, na Grécia, onde assistirá a uma apresentação sobre a missão da Frontex, na qual participam 14 elementos da Política Marítima em operações de vigilância e controlo da fronteira externa da União Europeia.
Na base militar romena de Caracal, a força portuguesa – 225 militares – dos quais 220 do Exército, da Companhia de Atiradores Mecanizada e das Operações Especiais do Exército (20 elementos), está naquele teatro de operações desde Maio.
O contingente português na Roménia, país que faz fronteira com a Ucrânia, inclui quatro militares da Marinha e um da Força Aérea Portuguesa.
Portugal participa, no quadro da NATO, em exercícios conjuntos na Roménia desde 2022. O envio de uma brigada de até uma centena de militares tinha sido aprovado no ano anterior.
Contudo, depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de Fevereiro de 2022, e face ao agravar do conflito, o Conselho Superior de Defesa Nacional deu parecer favorável, em Junho, ao reforço e à antecipação, em algumas semanas, da partida dos militares do Exército, que aconteceu em Setembro.
O contingente actual integra a missão ‘Enhanced Vigilance Activities’ da NATO participando em exercícios e treinos com unidades congéneres, para, “face ao conflito no leste da Europa, afirmar a coesão e a determinação dos Aliados”, segundo o Ministério da Defesa.
A missão ‘Tailored Forward Presence’ tem o objectivo de “contribuir para a dissuasão e defesa da Aliança no seu flanco sudeste, mais directamente em benefício dos Estados-membros situados naquele espaço geográfico”.
Quanto à missão na Frontex, a Autoridade Marítima Nacional/Polícia Marítima participa nesta operação de controlo de fronteiras europeias, designada ‘Joint Operation Poseidon’, desde 2014.
“Inicialmente com uma embarcação e, desde 2017 com duas embarcações de patrulha costeira, uma viatura de vigilância costeira e 14 elementos, militarizados da Polícia Marítima e técnicos da Direcção-Geral da Autoridade Marítima, as equipas da AMN/PM têm sido chamadas a contribuir para a segurança desta fronteira Marítima, nas regiões de Symi, Samos e, actualmente, em Lesbos”, adiantou o Ministério da Defesa.
A cooperação no controlo e vigilância das fronteiras marítimas gregas e externas da Europa, no “combate ao crime transfronteiriço e na prevenção à migração irregular proveniente da costa ocidental turca com destino à Grécia” são atribuições da missão, que apoia ainda operações de busca e salvamento marítimo e faz patrulhas terrestres nas áreas costeiras.