O Itinerarium – Conhecer Braga pelo Património local regressa este sábado com um capítulo dedicado à descoberta de duas casas com história da cidade: a Casa do Avelar, na freguesia da Cividade, e a Casa Grande do Campo das Hortas, ou Casa dos Cunha Reis.
‘A Casa, a Família e a Cidade’ é o tema desta visita guiada que tem início marcado para as 10h00, no Campo das Hortas. Cabe a Ana Macedo, doutorada em Estudos Culturais pela Universidade do Minho, orientar a visita por estas duas moradas imponentes, testemunhos silenciosos de séculos de história, que guardam segredos e memórias que se entrelaçam nas paredes e nos jardins exuberantes.
A Casa do Avelar, de origem quinhentista que acolhe, desde sempre e, notavelmente, ainda hoje, a família Jácome de Vasconcelos, que marca a identidade da cidade ao longo da história, particularmente, no exercício de prestigiados cargos na Misericórdia e no Senado da Câmara.
Por sua vez Casa Grande foi mandada construir no século XVIII, por D. António Alexandre da Cunha Reis Mota Godinho. Trata-se do edifício mais marcante no Campo das Hortas, fechando o largo, no lado aposto à Porta Nova. A família também ainda hoje é detentora da Casa, tendo vindo do Alto Douro onde detinha poderosos vinhedos, instalando-se na cidade notoriamente ao serviço da alta hierarquia da Igreja bracarense. A casa acolheu, em 1852, o rei D. Fernando, marido de D. Maria II, os príncipes e o Duque da Terceira, durante uma visita a Braga.
O Itinerarium é uma iniciativa promovida pelo município de Braga em parceria com a Universidade do Minho, para a promoção do conhecimento do património bracarense, é de entrada livre, mas os interessados devem efectuar a sua inscrição através de cmbcultura.eventbrite.com.
O Itinerarium divide-se em 4 eixos temáticos: cidade perdida, cidade recordada, cidade vivida e cidade experimentada. No programa de visitas e sessões de história local que decorre até ao final do ano prevê-se o conhecimento de espaços, monumentos, tradições e temáticas diversas da História bracarense.
Refira-se que o projecto conta com a curadoria científica de Maria Marta Lobo de Araújo, docente do Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho.