O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, defendeu esta sexta-feira que o país beneficia com a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), alertando ainda que os portugueses rejeitam uma crise política que conduza a eleições antecipadas.
“Portugal beneficia da aprovação de um orçamento, acho que realmente a última coisa que os portugueses querem, tão pouco tempo depois das últimas eleições e de um ciclo repetido de muitas eleições, é de uma crise política e eleições antecipadas”, disse.
Nuno Melo, que falava aos jornalistas à margem de uma visita à cimeira aeronáutica Portugal Air Summit, que decorre até sábado no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, espera que os líderes políticos estejam “à altura” das circunstâncias e que entendam que o documento é fundamental para o desenvolvimento do país.
“Eu acho que os líderes políticos devem estar à altura do tempo e das circunstâncias e perceberem que este orçamento do Estado é um instrumento e uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento do país, não digo mais do que isto”, disse.
OPTIMISTA
Questionado pelos jornalistas se o orçamento está no “bom caminho” para vir a ser aprovado, Nuno Melo não quis avançar com um “prognóstico” em relação ao futuro.
“Não comento, eu concentro-me naquilo que depende de nós e desde logo no que depende de mim para a Defesa Nacional, o que depende dos outros eu esperarei pelo que tiver de acontecer, a política é muito dinâmica, mas eu sou um optimista por natureza e quero acreditar que o senso prevalecerá.
Questionado também sobre a entrevista à TVI/CNN do presidente do Chega, André Ventura, que disse que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, lhe propôs em privado um acordo com vista à aprovação do OE2025, que admitia poder integrar o Governo, o que foi desmentido pelo líder do executivo, Nuno Melo voltou a não comentar, sustentando que não assistiu à entrevista.
“Não vi, estava em viagem. Para ser totalmente franco não vi, não estou a mentir, juro”, disse.