A exemplo do que já acontece noutras cidades do país, Famalicão tem, desde esta terça-feira, o seu movimento de cidadãos de luta pelo direito à habitação, o ‘Famalicão Com Teto’.
O fundador e porta-voz do projecto, Diogo Barros, conhecido por integrar a Comissão Organizadora da Marcha LGBTQIAP+ famalicense, diz que o Famalicão Com Teto “é uma chamada da população para as ruas, contemplando as suas reivindicações pelo direito à habitação, e não só”.
“Nós -classe trabalhadora, estudantes universitários, jovens e reformados- somos as pessoas invisíveis e ignoradas que não conseguem mais suportar os custos da habitação em Portugal. Somos quem produz os bens, serviços e ideias que sustentam a nossa sociedade. Somos pessoas de todas as cores, nacionalidades, géneros, orientações sexuais, religiões, profissões, formatos e feitios.” É assim que Diogo Barros, citado pela Famatv, apresenta o novo movimento.
E avisa: “Nós somos a maioria silenciosa — estamos prestes a ser uma maioria barulhenta.”
“Iremos sair à rua em várias cidades, incluindo agora Famalicão, para exigir o fim da degradação das condições de vida e da desigualdade social no acesso à habitação”, avança o activista à estação de televisão famalicense.
Considerando que as medidas previstas pelo novo Governo, e a “inacção” do Governo anterior, “não são suficientes para garantir este direito essencial, problema agravado ainda pela “loucura das rendas” e a falta de acesso à habitação”, Diogo Barros garante que «vamos lutar até que toda a gente tenha tecto”.