A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou no Parlamento que vai ser feita uma reunião em Vila Verde, em Dezembro, para analisar eventuais ajustes ao traçado da linha de alta tensão que liga à Galiza e que tem merecido muita contestação das populações abrangidas.
“Foi um projecto que nós encontrámos já com o traçado finalizado, [estava] tudo combinado com a REN para arrancar as obras. É um projecto internacional, com financiamento europeu, compromissos internacionais e, portanto, já com um estudo de impacte ambiental feito e é muito difícil de modificar. Qualquer mudança tem um impacto, mesmo financeiro, muito grande e um atraso no calendário muito grande”, disse a ministra na resposta a uma interpelação do deputado vilaverdense Carlos Cação.
Maria da Graça Carvalho acrescentou que o projecto teve oposição “feroz” de todos os municípios abrangidos e que, por isso, foi criado um grupo de trabalho, que inclui o Governo, a REN, as autarquias e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), com o objectivo de tentar “fazer pequenos desvios da linha”.
“Isso foi feito já com vários municípios, falta fazer com Vila Verde. Tenho informação que o senhor presidente da APA vai a essa reunião de Vila Verde no dia 2 de Dezembro”, adiantou a ministra.
Em causa está a execução da linha de alta tensão Ponte de Lima-Fontefria (Galiza), que atravessa os concelhos de Vila Verde, no distrito de Braga, e Ponte de Lima, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Monção e Melgaço, no distrito de Viana do Castelo. No caso de Vila Verde, abrange as duas maiores uniões de freguesias do concelho: Vade e Ribeira do Neiva.