Professores e funcionários não docentes de todo o país participam esta sexta-feira numa greve nacional para exigirem aumentos salariais num valor mínimo de 120 euros e uma avaliação “justa e sem quotas”.
A paralisação, convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P), fez-se sentir também nos quatro concelhos do Quadrilátero Urbano: Barcelos, Braga, Famalicão e Guimarães.
Aqui, encerraram pelo menos meia centena de escolas. Em Braga foram 30 estabelecimentos de ensino (número da autarquia); em Guimarães fecharam outras 11, e em Famalicão sete escolas fecharam as portas. Há notícias de escolas afectas em Barcelos, mas o número ainda não é conhecido.
Para o coordenador do S.TO.P, importante “é que as pessoas percebam lá em casa que nós hoje temos um problema gravíssimo, que é a falta de professores que prejudica milhares e milhares de alunos”.
Em declarações à RTP, André Pestana, lembrou ainda que estamos agora em meados de Novembro e continua a haver estudantes sem professores em algumas disciplinas.
“Esta luta é para que não haja o alastramento a todo o país da falta de professores, e para que também não alastre para a falta de outros profissionais de educação: assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos superiores de educação”, declarou.
André Pestana enumerou “reivindicações comuns a todos”, como “a gestão escolar democrática, o direito a uma avaliação justa, o direito a descontar para a Caixa Geral de Aposentações, um aumento mínimo de 120 euros”.
Hoje, porém, “temos questões específicas para os assistentes operacionais de educação, um sector nefrálgico da escola pública, que tem estado muito esquecido”, alertou.
“Eles têm de ser valorizados, porque têm o mesmo salário de miséria, o mesmo salário mínimo, depois de trabalharem dez, 20 ou mais de 35 anos. Recebem o mesmo de quem entrou o mês passado”, afirmou à televisão pública.