Dois dos três detidos pela PJ na sequência dos tumultos levados a cabo na região de Lisboa, na noite do passado dia 24 de Outubro, especificamente o ataque que colocou um motorista da Carris em perigo de vida, ficaram em prisão preventiva.
Os suspeitos estão indiciados pelos crimes de homicídio qualificado na forma tentada, incêndio e dano.
“O Tribunal de Loures decidiu aplicar a medida de coacção mais gravosa a dois dos três detidos, ontem, pela Directoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária, no âmbito uma operação policial, realizada em Santo António dos Cavaleiros, para cumprimento de oito mandados de busca”, revelou a autoridade, em comunicado, esta quinta-feira.
Em causa, recorde-se, está o ataque com engenhos incendiários que, a 24 de Outubro, destruiu por completo um autocarro da Carris Metropolitana, deixando em perigo de vida o seu motorista, que sofreu sequelas permanentes.
Esta quarta-feira, a PJ recolheu diversos elementos de prova “como telemóveis e peças de roupa que os suspeitos terão usado na noite dos factos”.
As investigações prosseguem.
Recorde-se que este foi o ataque mais grave da onda de tumultos que se seguiram em Lisboa – e que estão a ser investigados – depois de Odair Moniz, de 43 anos, ter sido baleado por um polícia, na sequência de uma alegada perseguição, no bairro da Cova da Moura, na madrugada do dia 21 de Outubro.
Durante vários dias foram incendiados contentores do lixo, autocarros e carros, o que levou a PSP a deter algumas pessoas logo na altura.