O recente encerramento de três empresas de confecções em Lousada, no distrito do Porto, pode ter provocado o desemprego de cerca de 460 pessoas, a maioria mulheres, disse esta terça-feira à Lusa fonte da autarquia local.
“É uma situação muito difícil, mas estamos a fazer tudo para ajudar as pessoas no que nos for possível”, disse a vereadora Maria do Céu Rocha, sinalizando que a Câmara de Lousada, do PS, está a articular medidas com o Governo e com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
A empresa Leuman, situada em Macieira, já pediu a insolvência, o que deixa cerca de 90 pessoas no desemprego, precisou a autarca responsável pelo pelouro da Formação e Emprego naquele município.
As empresas SN1 e SN2, situadas em Casais, que tinham estado em ‘lay-off’, também encerraram, deixando no desemprego 350 operárias, segundo a vereadora.
Os últimos dias, contou, têm sido passados a trabalhar na agilização da inscrição no IEFP das pessoas afectadas para que, rapidamente, possam começar a receber o subsídio de desemprego. Para tal, foi reforçado com mais pessoas um gabinete específico nos Paços do Concelho, que atendeu 220 operárias, anotou.
TÊXTIL EM CRISE
Além disso, o gabinete de acção social da autarquia já está a trabalhar para garantir apoios aos agregados familiares mais necessitados afectados pelo desemprego.
“Estamos a trabalhar para minorar a situação de dificuldade dos casos mais complicados”, asseverou à Lusa.
Maria do Céu Rocha admitiu que o sector de confecções, que predomina no concelho, atravessa dificuldades desde o ano passado, indicando saber de outras empresas que estão numa situação difícil.
Face à situação, destacou, está previsto para Janeiro o início do processo de reconversão profissional das trabalhadoras afectadas pelo encerramento destas empresas, ministrado formação que capacite a mão de obra para sectores alternativos, eventualmente a metalomecânica ou outros.