Os dados mais recentes do Observatório Urbano de Braga, divulgado esta quinta-feira pela autarquia, mostram que no primeiro semestre deste ano deram entrada 558 pedidos para o licenciamento de novas habitações, tendo sido licenciadas no mesmo período outras 560.
“O rácio fogos licenciados/fogos em pipeline atinge, assim, no semestre em análise, os 100%, dando sequência à tendência positiva dos últimos semestres. Na prática, tal significa que o concelho revela uma elevada capacidade de concretização das intenções de investimento, licenciando uma habitação por cada outra que dá entrada com pedido de licenciamento”, refere a Câmara de Braga.
Citado no texto, o vereador do Urbanismo, João Rodrigues, sublinha que os números apresentados “reforçam o compromisso em garantir uma gestão urbanística eficiente e alinhada com as necessidades” da população.
“Temos trabalhado arduamente para criar um ambiente propício ao investimento habitacional, ao mesmo tempo que asseguramos o acesso a habitação de qualidade e a preços mais acessíveis do que as outras capitais de distrito. Este equilíbrio é resultado de uma estratégia que combina planeamento rigoroso, inovação tecnológica e uma visão integrada de regeneração urbana. Continuaremos a apostar em políticas que fomentem o desenvolvimento sustentável e a atractividade de Braga, fortalecendo o nosso papel como uma das capitais de distrito mais dinâmicas e acolhedoras do país”, adianta o vereador.
Braga regista também um desempenho favorável em termos da procura residencial, acompanhando a tendência nacional. O concelho regista cerca de 700 transacções de habitação no terceiro trimestre deste ano, acumulando dois trimestres de crescimento e posicionando as vendas 11% acima do final de 2023.
Outro dado mostra que, no terceiro trimestre deste ano, Braga posicionou as vendas de habitação numa média de 1.964€/m2, um preço que permanece abaixo outras capitais de distrito – por exemplo, 13% abaixo do praticado em Aveiro no mesmo período (2.258€/m2) e 28% abaixo de Faro, onde as transacções atingiram 2.745€/m2.
Relativamente ao Porto, o diferencial de preço é bastante mais acentuado (-39%), comparando-se o patamar de Braga com a média de 3.203€/m2 do Porto. Já face a Lisboa (4.813€/m2), Braga apresenta um mercado com preços 59% inferiores.
Quanto às rendas residenciais, Braga observa um registo de estabilidade, tendo mesmo havido uma ligeira descida no mercado, com uma variação de -0,4% das rendas face ao trimestre anterior.
Apesar de residual, esta é a segunda variação trimestral negativa registada em 2024, dado que, no primeiro trimestre do ano, as rendas dos novos contratos desceram os mesmos 0,4%. Tal é visível nas rendas médias contratadas dos usados, que atingiram os 8,9€/m2 no terceiro trimestre, um nível inferior aos 9,2€/m2 registados no trimestre anterior.