Cerca de três toneladas de pétalas de flores naturais vão estar “em guerra aberta” este domingo, partir das 15 horas a Festa das Cruzes. Esta edição da Batalha das Flores já atingiu números recorde com a participação de 24 associações do concelho, e respectivos carros alegóricos, e cerca de mil pessoas envolvidas.
O presidente da Câmara, Miguel Costa Gomes, relembra que a iniciativa só é possível dada “a relação de grande proximidade entre as associações e autarquia”. A apanha das pétalas é levada a cabo pelas associações, que são apoiadas financeiramente pela Câmara Municipal de Barcelos para esse fim, e posteriomente, no cortejo, as flores são lançadas sobre a assistência revestindo as ruas da cidade com um tapete de cor.
Forasteiros e peregrinos estarão na primeira linha de combate da Batalha das Flores, já que os Caminhos de Santiago são o tema central da edição deste ano. O município tem apostado na promoção do concelho como ponto de passagem de referência patrimonial nos caminhos, tendo realizado várias actividades nesse sentido, nomeadamente a exposição ‘Recantos – Barcelos no Caminho de Santiago’, de João Sousa, patente na Casa da Azenha.
Momento simbólico
A luta de flores constitui um momento “simbólico” que permite expor “a tradição e a identidade cultural de cada freguesia a participar e do município em geral”, explica a vereadora do Pelouro da Cultura, Maria Elisa Braga.
A origem da Batalha das Flores remonta ao início do século XX e era, inicialmente, uma parada agrícola em que os trabalhadores traziam as flores dos campos espalhando-as pela cidade num acto catártico de celebração da primavera.
A Festa das Cruzes é primeira grande romaria do Minho e a sua diversidade permite aliar na perfeição o carácter religioso e popular, como são exemplo a Batalha das Flores e a Procissão da Invenção da Santa Cruz, a acontecer no dia 3 de Maio, feriado municipal.