João Oliveira, deputado comunista ao Parlamento Europeu, aproveitou uma visita ao Presépio Vivo de Priscos, em Braga, para deixar uma mensagem de alento e de confiança numa vida melhor e de uma sociedade mais justa.
Acompanhado por Vítor Rodrigues e João Baptista, respectivamente vereador e membro da Assembleia Municipal de Braga, e sob uma chuva forte, o eurodeputado da CDU elogiou o tema do acolhimento de migrantes e da salvaguarda de direitos das minorias escolhido este ano para o presépio.
“O Presépio é um importante contributo para a defesa de políticas migratórias humanistas e de opções que salvaguardem o fim de discriminações na base de nacionalidades ou étnicas”, sublinhou João Oliveira no final da visita.
O dirigente do PCP disse ainda que “para lá da propaganda, a vida real está difícil para quem trabalha e trabalhou uma vida inteira, para os que buscam cá uma vida melhor, para todos os que procuram lá fora as oportunidades negadas no seu país”.
TEMPOS DE INQUIETAÇÃO
Para o eurodeputado, os conteúdos do Presépio “convergem com as preocupações que a CDU carrega para o novo ano que agora se inicia: a necessidade do aumento dos salários e das pensões, o reforço do Serviço Nacional de Saúde e a Escola Pública, o acesso à habitação e a urgência de consagrar os direitos dos pais e das crianças”.
Falando em tempos “cheios de inquietações” em que “soam os tambores da guerra, se acentuam as injustiças e com o grande capital apostado na extrema-direita”, João Oliveira mostrou-se, contudo, confiante na “real possibilidade de construção de uma sociedade mais justa para todos”.
Já João Baptista acrescentou que “muitas das pessoas, incluindo crianças são empurradas para a pobreza e para um mês cada vez maior para o seu salário ou pensão, enquanto um punhado de grupos económicos encaixam trinta e dois milhões de euros de lucros por dia”. As coisas não podem continuar assim. É esta injusta distribuição da riqueza que é a causa dos problemas da vida e não o vizinho, quem trabalha ao nosso lado ou aquele com quem nos cruzamos na rua e nos transportes.”
Fernando Gualtieri (CP 7889)