A Universidade do Minho (UMinho) é a instituição nacional com mais pedidos de “famílias de patentes”, segundo o Barómetro Inventa 2024 – Patentes Made in Portugal, que acaba de ser divulgado pela consultora Inventa International.
Em comunicado, a universitária minhota refere que os 29 registos desta academia incluem inovações em áreas como medicina, biotecnologia, condução autónoma, fabricação, produção e construção, entre outras.
“Os resultados reforçam o papel da UMinho como um dos principais motores de inovação em Portugal, bem como a sua ligação ao tecido económico-social”, diz a universidade.
Neste ranking, que analisou o ano 2022, destacam-se a seguir as universidades de Aveiro, de Lisboa (ambas com 28 famílias de patentes) e de Coimbra (25), o Raiz – Instituto de investigação da Floresta e do Papel (23), a Universidade do Porto (20) e a Bosch (19), uma empresa que, há mais de uma década, colabora em projectos de I&D&I com a UMinho.
A quinta edição do Barómetro Inventa monitorizou os registos submetidos ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), à Organização Mundial da Propriedade Intelectual, ao Instituto Europeu de Patentes, ao Instituto Norte-Americano de Marcas e Patentes, ao Instituto Chinês de Patentes, ao Instituto de Propriedade Intelectual do Canadá e ao INPI do Brasil.
Foram considerados apenas os pedidos de patentes depositados, uma vez que a maioria dos registos é publicada após um período de sigilo de 18 meses. Assim, o ano de 2022 representa o intervalo temporal mais recente para análise pública, não contemplando ainda os dados mais actuais relativos a 2023.
CRESCIMENTO
O relatório revela também que a maioria dos pedidos de patentes nacionais foi efectuada por instituições de ensino superior e 90% deles com ligação às regiões Norte, Centro e Lisboa.
Entre 2012 e 2022, Portugal cresceu 1.7% ao ano nos pedidos de patente, sendo que a nível internacional cresceu mais do dobro nesse período (de 420 para 1019 pedidos).
As áreas mais dinâmicas incluem farmacêutica, tecnologia médica, biotecnologia e tecnologia computacional, com os EUA, seguindo-se a Europa, a China e o Canadá a liderarem as geografias-alvo.
No panorama europeu, Portugal subiu da 23ª para a 18ª posição no ranking de patentes numa década, graças ao aumento do investimento em I&D e ao apoio técnico e financeiro de programas como o Portugal 2020 e o Compete.
“Este progresso consolidou a propriedade industrial como um pilar estratégico para a competitividade e a internacionalização das organizações nacionais. No entanto, conforme destaca a Inventa International, Portugal ainda enfrenta o desafio de se aproximar das economias líderes na Europa, como Alemanha e França”, conclui o comunicado da UMinho.