A Humanidade está cada vez mais perto do desastre: de acordo com o Boletim dos Cientistas Atómicos, o Relógio do Apocalipse está agora nos 89 segundos para a meia-noite, um segundo mais perto para a catástrofe planetária e a pior marca alguma vez registada na história.
“Assim, agora movemos o Relógio do Juízo Final de 90 segundos para 89 segundos antes da meia-noite, o mais próximo que já esteve da catástrofe” salientou o grupo de cientistas, que alertaram, que apesar dos sinais inequívocos, os líderes e as suas sociedades não fizeram o que era necessário para mudar o curso do mundo.
O Boletim dos Cientistas Atómicos procura fazer com que os líderes reconheçam a situação existencial do mundo e tomem medidas ousadas para reduzir as ameaças representadas pelas armas nucleares, pelas alterações climáticas e pelo potencial uso indevido da ciência biológica e de uma variedade de tecnologias emergentes.
“Estamos a enviar um sinal claro: uma vez que o mundo já está perigosamente perto do precipício, um movimento de um único segundo deve ser tomado como uma indicação de perigo extremo e um aviso inequívoco de que cada segundo de atraso na reversão do curso aumenta a probabilidade de um desastre global”, acrescentou.
Os cientistas lembram ainda que “o impacto das alterações climáticas agravou-se no último ano”, que “as doenças emergentes continuam a ameaçar a economia, a sociedade e a segurança do mundo” e que os avanços tecnológicos relacionados com a inteligência artificial “tornaram o mundo mais perigoso”.
A situação actual é pior do que em 1953, quando o relógio marcou dois minutos para a meia-noite, durante uma das fases mais tensas da Guerra Fria, quando tanto os soviéticos como os norte-americanos realizaram os seus primeiros testes de armas termonucleares.
A organização Boletim dos Cientistas Atómicos foi fundada em 1945 para alertar o mundo para o perigo de uma catástrofe nuclear e contou entre os seus membros Albert Einstein e Robert Oppenheimer, entre várias dezenas de outros cientistas de renome.
Com Agências