Um asteróide recém-descoberto, que terá entre 40 e 100 metros de largura, tem uma pequena hipótese de atingir a Terra em 2032, calculada em cerca de 1,2%, de acordo com Agência Espacial Europeia (ESA).
Descoberto no final de 2024 e chamado 2024 YR4, estima-se que o asteróide tenha entre 40 e 100 metros de largura e que esteja actualmente localizado a 43 milhões de quilómetros de distância.
Pouco depois da sua descoberta, utilizando o telescópio Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS) em Río Hurtado, Chile, os sistemas automatizados de alerta de asteróides determinaram que o objecto tinha uma probabilidade muito pequena de causar impacto na Terra.
Um asteróide deste tamanho atinge a Terra em média a cada poucos milhares de anos e pode causar danos graves numa região, de acordo com a ESA, citada na quarta-feira pela agência Europa Press.
RISCO
Como resultado, o objecto subiu para o topo da lista de risco de asteróides da ESA.
Desde o início de Janeiro, os astrónomos têm vindo a conduzir
observações prioritárias de acompanhamento utilizando telescópios em todo o mundo e utilizando os novos dados para melhorar a nossa compreensão do tamanho e da trajectória do asteróide.
À data de 29 de Janeiro de 2025, a ESA estima que a probabilidade do asteróide 2024 YR4 atingir a Terra a 22 de Dezembro de 2032 seja de 1,2%.
Este resultado é consistente com as estimativas independentes feitas pelo Centro de Estudos de Objectos Próximos da Terra (CNEOS) e pelo NEODyS da NASA.
Normalmente, a probabilidade de um impacto de um asteróide aumenta inicialmente, antes de cair rapidamente para zero após observações adicionais, detalhou a ESA, em comunicado.
A órbita do asteróide em torno do Sol é alongada (excêntrica). Actualmente, está a afastar-se da Terra numa linha quase recta, pelo que é difícil determinar com precisão a sua órbita estudando como a sua trajectória se curva ao longo do tempo.
Nos próximos meses, o asteróide começará a desaparecer da vista da Terra. Durante este período, a ESA irá coordenar observações do asteróide com telescópios cada vez mais potentes, culminando com a utilização do Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul, no Chile, para recolher o máximo de dados possível.