A venda de medicamentos genéricos estagnou em 2015 em Portugal, depois de anos seguidos de crescimento ininterrupto. Não há, no entanto explicações conhecidas para o facto. O alerta foi feita esta quarta-feira, em comunicado, pelo Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (Cefar) da Associação Nacional de Farmácias que monitoriza a venda de medicamentos. A notícia é avançada pelo jornal Público.
Entre o início de 2011 e o final do ano passado, o “uso de medicamentos genéricos gerou uma poupança real de 2.145 milhões de euros”, segundo os cálculos do Cefar.
Contudo, no primeiro trimestre deste ano, poupamos menos 6,3% do que no mesmo período do ano passado com a venda destes medicamentos que têm a mesma substância ativa do que os originais.
A quota de mercado dos genéricos recuou de 47,7% do total, em dezembro, para 47,3 no final de março. A opção por genéricos representou uma poupança para o Estado e para os utentes na ordem dos 106,5 milhões de euros nesses três menos, menos 7,1 milhões de euros do que no primeiro trimestre de 2015.
As projecções do Cefar para o resto do ano indicam que, se esta tendência se mantiver, a poupança geral pode ficar 30 milhões abaixo do esperado.