O Tribunal de Braga condenou a três anos e seis meses de prisão, suspensos por igual período, um homem residente em Vila Verde que ameaçou e agrediu, na Portela do Vade um outro homem, e um grupo de familiares e amigos. Vai, ainda, no foro cível ser condenado a pagar uma indemnização à vítima.
Para tentar cobrar uma dívida da venda de um carro, dois homens ameaçaram e agrediram o devedor e um grupo de familiares e amigos. Miguel João Soares da Silva, de 27 anos, disparou tiros de caçadeira contra o alegado devedor e contra um grupo de pessoas que saiu do café para ver a rixa. Foi condenado, em cúmulo jurídico, por dois crimes de ofensa à integridade física qualificada um de coação agravada e três de ameaça agravada.
Passou-se em abril de 2013. Um outro arguido José António Sousa Silva, de 25 anos, morador na Ponte da Barca, – que não chegou a ser julgado porque a vítima desistiu da queixa – telefonou a marcar encontro, junto ao multibanco da Portela do Vade, com José Ferreira, por causa de uma dívida que este tinha relacionada com a compra de um carro.
O devedor, temendo que o José Silva levasse amigos para o agredir, arranjou alguns familiares e amigos e dirigiu-se ao local. Mal saiu do carro, foi recebido a murro e a zaragata armou-se…De seguida, o outro arguido, Miguel João Soares da Silva, de 27 anos, e residente em Vila Verde, (primo do José Silva) saiu do café da zona, de caçadeira semi-automática na mão e dirigiu-se ao José Ferreira, que entretanto se refugiara no carro; encostou-lhe a arma à cabeça e disse: “tens três segundos para sair daí senão mato-te”. Ameaça que o Ferreira levou a sério, saindo. Levou, depois, uma coronhada e vários socos e voltou a ver a arma perto da cabeça.
A cena de pancadaria, protagonizada na sua maioria pelo Miguel Silva, incluiu novas ameaças de morte, pancadas com a arma, outros socos, e disparos, que inicialmente foram para o ar, mas que viriam a atingir dois curiosos, entre um grupo que estava a mirar o ‘espetáculo’. Os bagos de chumbo causaram estragos nas vítimas, especialmente numa delas que tem sequelas permanentes.
Luís Moreira (CP 8078)