O presidente do Conselho Clínico e de Saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Cávado II – Gerês/Cabreira, Raúl Borges, defendeu esta quinta-feira, em Amares, que este território necessita de mais um psicólogo e da criação de uma equipa de emergência, multidisciplinar e capaz de detectar ainda em fase precoce casos que se possam tornar problemáticos.
Segundo o responsável, que falava na abertura segunda edição do SeMenteVital II – cuidar para colher’, evento que decorre durante o dia no Auditório Conde Ferreira, em Amares, o ACES Gerês/Cabreira tem “grande dificuldade” em termos de psicologia clínica.
“Neste momento, o nosso ACES tem dois psicólogos para 108 mil habitantes. É manifestamente pouco. Precisaríamos, pelo menos, de um terceiro e a ARS Norte já sabe disso”, frisou.
De acordo com Raúl Borges, este ACES, que abrange os concelhos de Vila Verde, Amares, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Póvoa de Lanhoso, “inúmeros indicadores preocupantes na área da saúde mental”, nomeadamente com depressões, ansiedade, “problemas sociais graves” e consumo de substâncias aditivas, nomeadamente de álcool.
O responsável lembrou que no Plano Local de Saúde 2013 a taxa de suicídio do ACES Gerês/Cabreira representava o dobro da média nacional. “É uma área que temos desenvolvido e esses números têm diminuído”, vincou.
O ‘SeMenteVital II – cuidar para colher”’é uma organização da Unidade de Cuidados à Comunidade de Amares, que pretende assinalar, pelo segundo ano consecutivo, o Dia Mundial da Saúde Mental.
Ricardo Reis Costa (TP 2298)