A actividade empresarial no concelho de Viana do Castelo representa actualmente um volume de negócios de 2,8 mil milhões de euros (INE, 2017), correspondendo a 48% do total do Alto Minho, revela o estudo do Instituto Nacional de Estatística referente a 2017. No período entre 2013 e 2017, foi registado um crescimento de 13%..
Estes números foram apresentados esta segunda-feira em conferência de imprensa por José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal e Luís Nobre, vereador do Planeamento e Desenvolvimento Económico.
Para este exponencial crescimento, os clusters de maior relevância, assegurando 80% do valor total, correspondem a papel, construção/imobiliário, eólico, comércio, componentes automóvel, metalomecânica/metalúrgica e bens de equipamento, comércio e reparação automóvel e Economia do mar.
Entre 2009 e 2018, os clusters que registaram um maior crescimento foram o de componentes automóvel (2,6 vezes), papel (2,2x) e economia do mar (2,3x após 2013).
O investimento empresarial global no período 2009-2018 foi superior a 1.000 milhões de euros, com “forte intensidade” nos dois últimos anos (320 M€), tendo mais de 60% do investimento sido registado nos clusters papel, componentes automóvel, construção/imobiliário, eólico, metalomecânica/metalúrgica e bens de equipamento e economia do mar.
EMPREGO
Em 2017, foram registados 31 mil postos de trabalho nos estabelecimentos de Viana do Castelo, correspondendo a 40% do emprego do Alto Minho.
Este valor representa um crescimento de 18% em comparação com pico mínimo de 2013 (cerca de +4.700 postos de trabalho). Os clusters do componentes automóvel, metalomecânica / metalúrgica e bens de equipamento, eólico, turismo e tecnologias de informação foram os que mais contribuíram para este acréscimo no emprego.
EXPORTAÇÕES
Se, em 2009, Viana do Castelo exportava bens no valor de 315 milhões de euros, o valor praticamente triplicou para 800 milhões de euros em 2018, correspondendo a 42% do total do Alto Minho.
A capital do distrito é, assim, o 16.º concelho do país no ranking de exportações, registando uma subida de 12 posições desde 2009.
Do grupo de 20 concelhos mais exportadores, é o 2.º concelho com maior crescimento de exportações desde 2009 (INE, 2018), ocupando ainda a 5.ª posição no ranking de exportações de capitais de distrito (INE, 2018).
Para as exportações, os clusters de maior relevância (63% total) são papel, eólico, componentes automóvel, sendo que o maior crescimento registado (vs 2009) é nos clusters construção/imobiliário (3,7x), componentes automóvel (2,6x), papel (2,4x) e economia do mar (4x após 2013).
Actualmente, os clusters de maior intensidade exportadora são os componentes automóvel (98%), eólico (61%), têxtil e calçado (61%) e papel (53%).
Viana do Castelo assume-se como a 3.ª capital de distrito com maior crescimento na produtividade do trabalho (VAB/RH – milhares de euros), registando uma taxa de crescimento de 39%. Assim, a capital do Alto Minho passou de 17,9, em 2009, para praticamente 24,9 (milhares de euros), em 2017.
A informação resulta de um estudo levado a cabo pela CDE Consultores, tendo por base dados estatísticos publicados.