A prática de actividade física ajuda a prevenir o cancro, evita recidivas e ajuda a gerir melhor esta doença que todos os anos causa a morte a mais de 20 mil doentes em Portugal.
Ser activo e optar por um estilo de vida saudável são as mensagens chave escolhidas pela organização do Dia Mundial do Cancro, que se assinala este sábado.
O director do Programa Nacional para a Promoção da Actividade Física enaltece esta escolha e lembra o papel da actividade física na prevenção de várias doenças crónicas e também do cancro. “Existem estudos que demonstram que pessoas fisicamente activas têm taxas mais baixas de incidência de cancro, nomeadamente dos mais prevalentes, como o da mama e o colo-retal”, sublinha Pedro Teixeira.
Por outro lado, nos doentes com diagnóstico de cancro, a actividade física regular permite “gerir melhor a doença”, nomeadamente a fadiga associada, e há também menores taxas de recidivas da doença oncológica.
O responsável do novo programa da Direcção-geral da Saúde lembra que ser fisicamente mais activo está ao alcance de todos.
“O importante é mudarmos o nosso registo e encontrar formas de sermos activos no dia-a-dia. Uma das ideias mais importantes é que não existe uma única forma de se ser fisicamente activo. O importante é que a pessoa encontre a actividade física que faz mais sentido para si. Existem mil e uma formas de se ser fisicamente activo”, frisou.
Correr, caminhar, subir escadas, andar de bicicleta, fazer pequenos percursos a pé, levantar-se com regularidade no local de trabalho são tudo formas de introduzir a acividade física no quotidiano.
Os organizadores do Dia Mundial do Cancro assinalam a “área comum de interesse entre a comunidade de luta contra o cancro e a desportiva”: “estar fisicamente activo, criar cidades e escolas saudáveis e unir forças para fazer a diferença”.
Todos os anos são diagnosticados em Portugal 40 a 45 mil novos casos de cancro e morrem entre 20 a 25 mil doentes oncológicos, segundo dados da Sociedade Portuguesa de Oncologia. Actualmente existem 50% de possibilidades de se desenvolver um cancro ao longo da vida, mas estima-se que a incidência vá ainda aumentar.
Fonte: Lifestyle