Três jovens activistas ambientais interromperam, esta quarta-feira, a normalidade com que decorria a sessão de abertura dos 50 anos do PS e baixaram as calças, mostrando a palavra “ocupa!” nas nádegas.
Na primeira fila, António Costa, Carlos César e João Torres foram surpreendidos pelo momento, logo depois do coordenador das comemorações dos 50 anos do PS, José Manuel dos Santos, ter concluído o seu discurso.
Antes de serem rapidamente expulsos da sala e identificados pelas autoridades no exterior da sede socialista, onde decorria a sessão, os manifestantes gritaram “Celebrar o quê? Não há planeta B”.
“NÃO FAZER UM CU”
Em comunicado ao NM, o colectivo Greve Climática Estudantil Lisboa revelou que os estudantes pertencem ao movimento ‘Fim ao Fóssil’ e que quiseram com esta atitude acusar o PS de “não fazer um cu” pela acção climática.
“O PS não devia estar a celebrar, mas sim a fazer um plano compatível com os prazos ditados pela ciência climática para acabar com os combustíveis fósseis e pôr em marcha uma transição justa para as pessoas”, lê-se na nota.
Para estes estudantes, de idades entre os 21 e 23 anos, “os governos estão há muito a mandar o nosso futuro para o lixo num planeta em chamas, e sabemos que o vão continuar a fazer porque o que os move é o lucro”.
Por isso, anunciam, “temos de colocar o nosso futuro nas nossas próprias mãos, e lutar por ele”.
A TSF avança que além dos protagonistas, foi ainda identificado um quinto elemento que estava a gravar o protesto.
No Largo do Rato, os socialistas reagiram com naturalidade e lembraram que “a liberdade de expressão também se deve ao PS”.
O protesto tomou lugar na semana do 30º aniversário do protesto histórico em que estudantes mostraram o rabo com as palavras ‘Não Pago’ ao então ministro da Educação, contra o aumento das propinas.
Recorde-se que este protesto acontece uma semana antes do início das ocupações estudantis de mais de dez escolas e universidades pelo país, agendadas para dia 26 de Abril, durante as quais reivindicam “o fim aos combustíveis fósseis até 2030” e “100% electricidade renovável e acessível até 2025 para todas as famílias”.
Com TSF E NM