Dois advogados e três contabilistas que são técnicos oficiais de contas foram suspensos de funções pela juíza de instrução criminal de Braga, na sequência da operação ‘Trapos Soltos’, da Polícia Judiciária e das Finanças de Braga.
Os principais arguidos são os irmãos advogados Costa Salgado, de Vila Nova de Famalicão, Fernando e Ernesto, o primeiro antigo director do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social de Braga, tendo passado os últimos três dias nas prisões privativas do Posto Territorial da GNR da Vila de Prado.
Terão que apresentar-se, diariamente, nos postos policiais das suas áreas de residência, enquanto os restantes seis arguidos apresentar-se-ão duas vezes por semana, segundo decidiu a juíza de instrução criminal, Magda Cerqueira.
Proibição de actividades profissionais e de contactos entre si, apresentações periódicas, e impedimento de saída para o estrangeiro foram, em síntese, as medidas de coacção para todos os oito suspeitos do grupo que se dedicaria a fraudes contra o Fisco e a Segurança Social no valor de 15 milhões de euros.
Detidos pela PJ de Braga e pela Autoridade Tributária, durante a operação ‘Trapos Soltos’, que decorreu em todo o país, com cerca de uma centena de buscas, foram, ao todo, três técnicos oficiais de contas, dois intermediários e um ‘testa-de-ferro’ para quem a magistrada do MP solicitou outras medidas.
A procuradora-adjunta do Ministério Público Armandina Conde Alves tinha pedido prisão preventiva para os dois irmãos advogados Costa Salgado a fim de salvaguardar o perigo de fuga, mas a juíza entende que a entrega dos seus passaportes será o suficiente para impedir eventuais fugas para o estrangeiro.
Os três contabilistas e técnicos oficiais de contas suspensos de funções são Joaquim Sampaio de Oliveira, de Famalicão, Pedro Nuno Fernando Rego de Sousa, de Guimarães, e Ana Maria Pinheiro Correia Barroso, de Famalicão.
Há ainda um jovem empresário alegadamente ‘testa-de-ferro’, Nuno Miguel Pinheiro, de Famalicão, e dois funcionários de escritórios de contabilistas, Leopoldo Carvalho Tavares, de Famalicão, Artur Lima Machado, de Riba de Ave, Vila Nova de Famalicão, tidos como sendo dois operacionais do grupo.
As medidas de coacção foram lidas pela funcionária judicial, Isabel Oliveira, falando em nome da juíza de instrução criminal de Braga, Magda Cerqueira.
JG (CP 2015)