O partido alemão de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) venceu este domingo as eleições regionais deste domingo no estado da Turíngia (leste), as primeiras regionais na sua história, mas terá perdido na Saxónia para a CDU, segundo as primeiras projecções.
De acordo com uma sondagem à boca de urnas Infratest Dimap, a AfD, de inspiração nazi, terá alcançado na Turíngia entre 30,5% e 33,5% dos votos, vencendo pela primeira vez umas eleições regionais, à frente da União Democrata Cristã (CDU), que teve cerca de 24,5%.
O resultado marca assim a inversão face ao sufrágio de 2019, em que a CDU tinha vencido com 32,1% e a AfD não tinha ido além dos 27,5%.
Na Saxónia, a CDU terá conseguido resistir, com 31,5 por cento de apoio, ligeiramente à frente da AfD, que terá tido 30%. O SPD ficou em quarto lugar, com 8,5%, seguido pelos Verdes (5,5%) e a Esquerda (4%) terá ficado de fora do parlamento regional.
Ainda na Turíngia, o quarto lugar deverá ficar para a Esquerda, com 12,5% dos votos, muito longe dos 31% em 2019, quando era a principal força política. Já o SPD, do chanceler Olaf Scholz, terá obtido cerca de 7% (8,2 por cento em 2019) e os Verdes não terão representação, com apenas 4% dos votos, abaixo do limiar de 5% para eleger.
Em terceiro lugar nos dois estados ficou a Aliança Sahra Wagenknecht – Pela Razão e Justiça (BSW), um partido de extrema-esquerda com um discurso que inclui política económica comunista combinada com retórica anti-imigração do tipo da AfD. Segundo as projecções, na Saxónia a BSW terá obtido 12% dos votos, enquanto na Turíngia terá alcançado 16%.
Após as primeiras projecções, o secretário-geral da CDU pronunciou-se sobre uma eventual coligação com a extrema-direita. A mensagem foi bastante clara.
“Os eleitores sabem que não vamos entrar numa coligação com o AfD”, disse Carsten Linnemann, reconhecendo que encontrar uma maioria parlamentar nos dois estados do leste do país “não será fácil”.
Com CNN Portugal