Altino Bessa defende que criação de uma nova residência universitária na antiga Fábrica Confiança, como pretende o município, “é um reforço importante” para um “futuro assente no crescimento e na qualidade de vida” para quem escolhe Braga para estudar e trabalhar.
Esta quarta-feira, em nota às redacções nesta quarta-feira, a propósito crescimento populacional do concelho revelado pelos Censos 2021, o presidente da concelhia do CDS e n.º 2 da coligação Juntos por Braga (PSD/CDS/PPM/Aliança) à Câmara, considera que a oferta educativa e académica de excelência, a valorização cultural e patrimonial “têm sido cruciais para que Braga se mostre dentro e fora de portas”.
Observando que os dados “são optimistas para o concelho, mas o trabalho nunca acaba e temos de pensar numa perspectiva de futuro para que daqui a dez anos a cidade continue a demarcar-se pela positiva”, Bessa sustenta que “é inevitável chamar à liça os polos universitários que têm tido um papel preponderante no crescimento demográfico do território”.
“Nesta perspectiva, tenho de salientar a instituição de condições logísticas para que possamos albergar mais estudantes”, refere.
“A criação de uma nova residência universitária no edifício da antiga Fábrica Confiança é, neste sentido, um reforço importante para um futuro assente no crescimento e na qualidade de vida de todos quantos escolhem Braga para estudar e trabalhar”, defende.
Outros dos factores que contribuíram para este crescimento apontados pelo líder dos centristas bracarenses são o aumento investimento empresarial, a optimização do turismo (de que é vereador) com uma promoção alargada do território nas esferas nacional e internacional, a beneficiação de infra-estruturas como o Altice Forum, o Mercado Municipal, o Parque da Rodovia, a par da aposta na rede de transportes e no aumento de espaços de lazer.
Outro factor apontado é a migração. “[A migração] mostrou-se crucial para este crescimento populacional”.
A comunidade migratória é bem acolhida, sentindo Braga como em casa”, assegura. Altino Bessa retrata, assim, uma cidade que se tornou “numa das cidades predilectas para quem vem de fora”.
“O crescimento verificado no hiato de dez anos é apanágio de um trabalho em prol da potenciação e crescimento do município através de áreas como a economia, o turismo e a coesão social. Hoje temos um concelho mais atractivo para trabalhar, viver e estudar. Olhando para o panorama local, denotamos que a cidade tem crescido a nível populacional porque evoluiu na oferta e qualidade de vida”, afirma.
URGE PENSAR O PAÍS
Lembrando que segundo os primeiros resultados dos Censos 2021, Portugal vive um “Inverno demográfico”, em que só 51 dos 308 municípios viram crescer a respectiva população, entre elas Braga, com um crescimento de 6,5% (mais de 11.800 habitantes), o dirigente centrista, “urge pensar o país de forma a diminuir a perda de população e o despovoamento”, o que só acontecerá com “um trabalho a nível nacional de articulação” entre a Presidência da República, o Governo e os municípios.
É ainda, acrescenta, “necessário e fundamental que se crie um plano de fomento demográfico a partir de algumas políticas de apoio às famílias”, nomeadamente através da criação de uma rede pública de creches e apoios à habitação para casais jovens.
“Se não agirmos no imediato, o cenário nacional será bem mais alarmante nos próximos anos”, alerta.
“O aumento demográfico só é possível com a implementação de medidas no efectivo que venham alterar a actual realidade. Braga é sim exemplo na prática de políticas que permitem a permanência da população no território e a vinda de novos habitantes”, acrescenta
Braga, remata, “é modelo de crescimento porque tem, indubitavelmente, ‘capital’ económico, turístico, académico, cultural, social, educativo, desportivo e empresarial. Tomemos Braga como ponto de partida para que possamos inverter a realidade nacional”.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)