A Câmara de Braga aceitou o desafio do Município de Conceição do Mato Dentro (CMD), Minas Gerais (Brasil), para participar no projecto de Intercâmbio educativo e cultural ‘Escolas que se Abraçam’, que resultou na edição de mais um livro elaborado por alunos dos dois países intitulado ‘Pontes de Afetos’, apresentado esta terça-feira.
O projecto, dirigido aos alunos do 4º, 5º e 6º anos do ensino básico dos dois países, permitiu aos alunos estabelecerem contactos com as diferentes comunidades e as suas dissemelhantes características, tendo como traço comum a língua portuguesa.
Deste projecto internacional resultou a edição de mais um livro intitulado ‘Pontes de Afetos’, que surge das várias sessões de partilha entre alunos portugueses e brasileiros. O seu conteúdo explora, de maneira lúdica e poética, a forma de vida das sociedades portuguesa e brasileira. A informação publicada no livro nasceu da interpretação sociológica feita pelas crianças que integraram o intercâmbio.
A vereadora da Educação esteve presente na sessão de entrega dos livros ‘que decorreu esta terça-feira, na EB2,3 de Palmeira, salientando a mais-valia educativa, cultural e social
deste projecto. “Esta iniciativa visou, particularmente, a troca de informação e partilha de temas relevantes da actualidade, discutidos e apresentados através do olhar sensível e muito perspicaz das crianças e jovens”, referiu Carla Sepúlveda, destacando que as relações entre Portugal e Brasil são preenchidas de passado, presente e futuro.
O livro ‘Pontes de Afetos’ surgiu das várias sessões de partilha entre alunos portugueses e brasileiros. Considerando a pertinência da troca de experiências e boas práticas, o município bracarense sensibilizou as escolas do concelho para incorporarem o projecto. Acolheu a iniciativa o Agrupamento de Escolas Sá de Miranda.
“Acredito que o futuro está também nos intercâmbios entre as gerações mais novas para que os laços se possam estreitar de forma a promovermos o crescimento e desenvolvimento de ambas as culturas. Estou certa de que o melhor espaço para o fazer é a escola. Claro que estes projectos só são exequíveis graças à abertura pedagógica dos professores que se predispõem a envolver os alunos nas actividades que vão surgindo”, salientou Carla Sepúlveda, lembrando que o fomento do pensamento crítico é “algo que deve permanecer no espaço escola e é a partir de projectos como este que conseguimos ouvir e pensar as diferenças culturais e sociais”.