O presidente do Grupo Amar Terra Verde, João Luís Nogueira, aproveitou a sessão de abertura do novo ano lectivo para reiterar a “necessidade” de serem feitas obras de ampliação das instalações para permitir o crescimento do ISAVE – Instituto Superior de Saúde, que decorreu esta segunda-feira de manhã.
Com o autarca Manuel Moreira a assistir, Nogueira fez um discurso com vários reparos, em especial à Câmara de Amares, a quem começou por criticar por não haver “sinalética suficiente” do instituto no concelho, voltando depois a frisar que “é necessário consolidar o projecto”.
“Ao fim de cinco anos com esta entidade instituidora, já respirámos, mas ainda só temos o nariz fora de água. Precisamos de consolidação. Temos tido crescimento académico, com maior procura de alunos, mas estamos limitados ao espaço físico”, detalhou.
Para isso, garantiu, o instituto “precisa de parcerias que efectivamente possam responder às necessidades e permitam ao ISAVE desenvolver uma formação que a todos dignifique”.
“Lamentavelmente, não podemos abrir este ano mais uma licenciatura por falta de condições materiais. Vamos ter que procurar outro sítio em que o possamos fazer. Isto só nos motiva e dá força para encontrarmos outras alternativas capazes de levar a água ao moinho”, afirmou.
MOREIRA NÃO GOSTOU:
“CÂMARA ESTÁ DISPONÍVEL”
No final da sessão, em declarações aos jornalistas, Manuel Moreira considerou que João Luís Nogueira “não foi muito cordial” no discurso e garantiu que a Câmara “está disponível” para ajudar a fazer crescer o ISAVE.
“O senhor director [João Luís Nogueira] não se pode esquecer que está neste edifício da Câmara e não paga nada. Já me transmitiu a necessidade de alargar as instalações, já conversámos e a Câmara já fez o projecto”, explicou.
Com o projecto feito, acrescentou Moreira, “é preciso negociar a construção”, avaliando “custos e quem participa” no investimento, o que deve ser feito “com diálogo” e “sem mandar recados”.
“O que sempre disse é que estamos disponíveis para trabalhar em conjunto, porque acreditamos que o crescimento do ISAVE é importante para o concelho. Não se pode passar a ideia de que a Câmara não quer ajudar o ISAVE”, frisou.
Ricardo Reis Costa (CP 6811-A)