O PS de Amares acusa o actual executivo municipal liderado por Manuel Moreira e a maioria que o suporta (PSD/CDS-PP) de mentirem aos amarenses em relação à anunciada baixa de desemprego no concelho. Os socialistas advogam que o grande mérito da descida do desemprego no concelho se deve às “medidas estruturais – e não conjunturais – tomadas pelo Governo PS que provocaram, essas sim, uma acentuada queda das taxas de desemprego em Portugal”.
E assinalam que “na verdade, apesar dessa feliz descida também na região (entre os 20% e os 40% nos vários concelhos vizinhos), esta tendência não evitou que Amares tenha atualmente uma taxa de desemprego acima da média nacional e uma das mais altas da região”.
No comunicado enviado à nossa redacção, a Comissão Política do Partido Socialista (PS) de Amares começa por assinalar que a divulgação à imprensa dos dados relativos ao desemprego no concelho “não são do que ações de campanha política autárquica, ilegalmente instrumentalizada pela Coligação PSD/CDS. A mais recente manipulação pública adveio de um comunicado em que mais uma vez o Presidente da Câmara vem fazer aquilo que melhor sabe fazer: utilizar ilegalmente os meios do Município, onde, como se tornou frequente, manipula informação para tirar proveitos de imagem política enquanto candidato”.
A autarquia assinalou, durante o dia de ontem, que “face a período homólogo (2016), o concelho de Amares tem menos 481 desempregado”». Os socialistas vão mais longe, ao verificar que “é dada palavra, mais uma vez, ao candidato da coligação, enquanto eleito quando este refere no seu jeito usurpador costumeiro “…esta descida de quase 40% é muito significativa e revela que estamos no bom caminho e, nesse sentido, vamos manter esta política de apoio constante ao setor empresarial e desempregados do nosso concelho…””.
Usando o mesmo comunicado remetido pelo gabinete da autarquia, onde é assinalado “…o Gabinete de Empreendedorismo do Município de Amares já impulsionou a constituição de 36 novas empresas e apoiou 31 na realização de estágio profissional…”»” o PS nota que “há dados que o Sr. Presidente da Câmara omite propositadamente. Porque não revela, por exemplo, quantos empregos foram criados em 2016? E será que estágios profissionais resultam ou resultaram em empregos? Que medidas concretas o Município tomou para promover emprego? Quantas pessoas emigraram neste período?”.
Os números do PS tentam, assim, desmentir as afirmações do autarca amarense: “a algumas destas perguntas o mesmo relatório do IEFP dá algumas respostas. Neste relatório é referido, noutro quadro, que este ano as colocações em Amares ao nível de emprego ficam pelas 37 – curiosamente ao contrário das 51 no mesmo período do ano passado – números que ficam muito aquém da tal baixa de 481 desempregados”.
E prossegue: “Citando o relatório do Índice de Transparência Municipal, com dados oficiais de Dezembro de 2016, a taxa de desemprego situava-se nos 12,1%, pelo que infelizmente estas 37 colocações em 2017 não contribuíram para uma assinalada descida da taxa. É inequívoco”.