Induziu uma jovem de 13 anos, de Amares, a enviar-lhe fotos de nudez, uma das quais colocou no facebook. Para além disso, obrigou-a, sob ameaça, à prática de atos sexuais de relevo, ainda que sem cópula, e foi apanhado pela PJ na posse de pornografia infantil. Vai ser julgado no Tribunal de Braga por 21 crimes de violação agravada, um de pornografia de menores e um de coação agravada.
O arguido, de nome Jorge, – conhecido pela alcunha de «Rodas» – conseguiu o número de telemóvel da vítima e começou a mandar-lhe, em julho de 2014, várias mensagens, dizendo que se chamava Tiago Silva, tinha 19 anos, andava na universidade e era filho de um advogado de Braga.
Começaram, então, – diz a acusação do Ministério Público – “um namoro virtual”, com troca de mimos por telemóvel. A dada altura, ele pediu-lhe que lhe enviasse fotos em que estivesse nua ao que ela acedeu, mandando-lhe quatro.
Em setembro, ela quais acabar o “namoro” mas o agressor insistiu que a queria ver porque gostava muito dela.
Combinaram encontro numa zona fora da vila; a jovem compareceu e acabou por encontrar um homem de 57 anos, numa cadeira de rodas, que a convidou a entrar em casa, dizendo-lhe que o Tiago lhe tinha dito para ter relações sexuais com ela e lhe “tirar a virgindade”. A adolescente recusou e conseguiu abandonar a habitação.
Dias depois, o arguido ameaçou-a de que iria enviar as fotos aos pais e dar a conhecê-las aos amigos e colegas de escola. Exigiu, por isso, mais fotos que ela enviou, em poses de masturbação. Face à chantagem, a jovem acabou por regressar à habitação, onde o arguido a beijou e a masturbou.
Em abril de 2015, a rapariga deixou de ir à casa do agressor e este, para a intimidar, pediu a um jovem que pusesse uma foto sua no facebook, o que aconteceu.
O caso chegou à polícia que deteve o visado, tendo-lhe apreendido várias fotos de menores em estado de nudez no telemóvel.
A vítima havia entrado em crise psicológica, ficando em estado de ansiedade, de medo, de baixa autoestima e de grande agressividade.