Um castigo físico na catequese motivou queixas na GNR e um novo protesto na igreja de Nespereira, em Guimarães, este domingo de manhã. A freguesia está em polvorosa já que o padre Francisco Xavier é acusado também de criar um clima de intimidação e medo na Unidade de Cuidados Continuados no centro social daquela localidade, que já perdeu mais de 20 profissionais, incluindo enfermeiros.
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Segundo apurou o Notícias ao Minuto junto da de fonte GNR, seis pais deslocaram-se ao posto da guarda de Guimarães este sábado à tarde para apresentar queixa após as crianças terem relatado ter sido “vítimas de castigos físicos na catequese nesse dia de manhã”. A queixa seguiu para o DIAP de Guimarães.
A notícia, avançada pelo Jornal de Notícias, dá conta que as crianças foram colocadas de joelhos em cima das mãos na aula de catequese no sábado e o relato incendiou os ânimos entre os pais, que se dirigiram à igreja para confrontar o padre Francisco Xavier.
O mesmo meio noticia que o pároco não apareceu para celebrar a missa de domingo e confiou a missão a um colega. Sem a presença do padre responsável, o grupo de pais falou com as catequistas e terá recebido ameaças.
AMBIENTE EXALTADO
O ambiente em Nespereira está exaltado com a chegada do padre Francisco Xavier que, para além da missão na igreja, assumiu funções em Fevereiro no centro social daquela localidade. Desde então, 22 pessoas já se despediram daquele. Três eram enfermeiros.
Às queixas motivadas por um clima de intimidação e medo na Unidade de Cuidados Continuados, bem como pela intenção do pároco de querer fechar uma sala do pré-escolar, junta-se agora o incidente na catequese.
Em comunicado, o sindicato dos enfermeiros portugueses reagiu à polémica este sábado, dia 18, e disse acompanhar “com elevada preocupação os graves problemas no Centro social de Nespereira pondo em causa os cuidados a prestar aos residentes e assistidos, podendo pôr em causa a deontologia profissional dos enfermeiros”.
Para o sindicato, os “atropelos” passaram a ser inúmeros, culminando mesmo com o “incumprimento de acordos previamente estabelecidos”.
O SEP solicitou com carácter de urgência reunião com a direcção do centro social “tendo em vista ultrapassar os problemas existentes previamente identificados”.
Pedro Gonçalves, da Direcção Regional do Minho, reitera ao Notícias ao Minuto que a reunião foi pedida já no dia 7 e que até à data não houve resposta. O responsável frisa que neste momento se pode dizer que “a saúde dos utentes está em causa”, e que caso a direcção do centro social não aceite reunir, avançarão por outras vias.