O presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, admitiu esta segunda-feira, na Assembleia Municipal, a possibilidade de a autarquia transferir para a Sociparque a fiscalização do estacionamento pago, desde que isso seja uma “decisão consensual” e se apresente como “mais vantajoso” para o município.
O autarca lançou o desafio para que seja constituída uma comissão, que integre os vários grupos parlamentares, “para encontrar um entendimento”, enquanto a acção principal que opõe a Câmara e a Sociparque não for resolvida pelos tribunais.
Segundo o presidente da Câmara, o município tem já preparado um regulamento, que apresentará à empresa, que visa “resolver os problemas mais nebulosos”. Vilela admite, no entanto, que “não será fácil chegar a consensos”.
O anúncio foi feito depois de a deputada socialista Luísa Gonçalves ter questionado o edil sobre se os munícipes devem ou não pagar as coimas que a Sociparque, “sob ameaça de recurso à Justiça”, está a cobrar, devido à não liquidação dos avisos de incumprimento.
Lembrando que o Tribunal recusou a providência cautelar interposta pela Câmara que pretendia impedir a fiscalização por parte da empresa, António Vilela admitiu «não se sentir seguro» para informar os munícipes se devem ou não proceder ao pagamento dos incumprimentos, por não conhecer a decisão final da “acção principal” que corre nos tribunais.
“Fazer o pagamento, no momento em que estacionam, é o comportamento mais correcto dos automobilistas, porque assim não terão nenhum incumprimento, nem por parte da Sociparque nem por parte da Câmara”, vincou o autarca.
Ricardo Reis Costa (TP 2298)