O advogado e empresário Luís Russel, de Amares, participa no consórcio empresarial que vai levar à escala industrial e comercial o projeto ‘Grensynfuel’, um método científico/tecnológico de aproveitamento das energias renováveis, fotovoltaica e eólica, para fabricar ‘fuel sintético’.
A partir deste fuel é possível fabricar combustíveis sintéticos, gás natural, gasolina e gasóleo ou produzir novamente energia elétrica.
O eurodeputado José Manuel Fernandes deslocou-se, há dias ao Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), para conhecer a iniciativa.
O investidor adiantou que o equipamento/protótipo, inventado pelo Eng.º Campos Rodrigues, construído no quadro do Programa Compete, com um quilowatt de potência, demonstrou a viabilidade industrial do projeto: “vamos, agora, apresentar uma candidatura aos fundos comunitários do setor de inovação para construir equipamentos de armazenagem / transformação de energia de cinco e 100 quilowatts, e do megawatt”, adiantou.
O ‘ovo de colombo’ baseia-se no aproveitamento das energias renováveis – cerca de 75 por cento dos quais não são utilizadas – para as transformar e armazenar, através de um processo completamente inovador, devidamente patenteado, da eletrolise da água , em fuel sintético(GREEN SYN FUEL).
O processo – explicou – é competitivo, na medida em que os valores dos produtos finais obtidos podem equiparar-se aos da tecnologia fóssil. Mário Costa Macedo sublinha que a patente tem aplicação industrial em todo o mundo, nomeadamente em ilhas em que os sistemas de armazenagem feitos com base em baterias têm custos muito elevados: “com este equipamento pode-se fazer combustíveis sintéticos de baixo teor de carbono e aproveitá-lo em casa ou em automóveis, ou, através de um gerador, produzir, de novo, eletricidade à hora em que se precisa dela”, frisou.
Garante que o sistema tem aplicação não só em zonas isoladas, como em áreas industriais, onde as quebras de energia na rede, muitas vezes, paralisam a produção das fábricas: “com este sistema é possível ter energia ao preço de mercado e de fluxo constante”, referiu.
O método – criado pelo Eng.º Campos Rodrigues e desenvolvido por Campos Macedo – tem já parcerias com empresas inglesas, e aposta em mercados como os da Europa, Africa, Américas, Ásia e Austrália
As ilhas, na sua globalidade são um setor de mercado muito aliciante, já que este produto permite que se possa pensar em auto sustentação energética baseada em combustíveis de baixo teor de carbono.
“O mercado mundial de eletricidade continua a crescer. África, China e India são regiões em que o consumo de eletricidade per capita /ano é muito baixo em relação ao que se passa na Europa e nos USA, (USA 1460 W; CEE 700 W; CHINA 248W;INDIA 50.5W) conforme dados de 2005
A iniciativa envolve o ISEL, a FEUP; Faculdade de Engenharia do Porto, os Institutos, Superior Técnico e da Qualidade e a empresa do setor energético APR.
Luís Moreira (CP 8178)