Vai ser liquidado e o edifício de Soutelo vendido. Foi esta a decisão tomada, esta terça-feira, no Tribunal de Famalicão pela assembleia de credores do IEMinho – Instituto Empresarial do Minho/Centro de Incubação de Empresas, de Soutelo, Vila Verde.
Fonte ligada ao processo disse a O Vilaverdense/PressMinho que o edifício-sede, que alberga 44 empresas, será vendido após a avaliação do seu valor.
Conforme já noticiámos, o município de Vila Verde pondera a compra, para manter a função de incubadora, mas tal depende do preço. Há também um investidor privado interessado em ficar com o prédio.
Em 2018, num documento entregue aos sócios, a direcção, então presidida por António Marques, concluiu que o IEMinho não tem receitas capazes de suportar a despesa e tem elevada dívida a terceiros, em especial ao Novo Banco, credor de 1,1 milhões de euros e que veio reclamar o seu pagamento antecipado.
Em Janeiro de 2018, na sequência do inquérito judicial que envolve a Associação Industrial do Minho e o próprio IEMinho, foi-lhe cortado o acesso a apoios comunitários.
O Instituto tem, no entanto, alguns activos, entre os quais o edifício, com 2650 m2, a que acresce um terreno anexo de 2.500 m2. Avaliados em 3,2 milhões na sua contabilidade.
Foi criado em 2002 e está activo desde 2005. Tem 752 mil euros de capital social repartidos pela extinta AIMinho, Câmara de Vila Verde, UMinho, Associação Comercial de Braga, 2Bvangarve, Adrave-Associação Regional de Desenvolvimento do Vale do Ave e Idite-Minho. Estes três últimos já extintos.
A insolvência foi pedida pela H2com – Unipessoal, de Soutelo, com o argumento de que o IEMinho lhe deve 2.995 euros.