A Cidadãos de Esposende quer que a autarquia esclareça as razões de não participar no Smart Cities Tour 2020, encontro que até ao final do ano percorre várias cidades portuguesas. Não é com “investimentos em obras de arte”, mas novas tecnologias e de eventos inovadores que se dinamiza o projecto Esposende SmartCity, diz a associação.
Em nota ao PressMinho, a Associação Cidadãos de Esposende questiona o presidente da Câmara sobre os “objectivos reais” da Esposende SmartCity -um projecto que o município lançou em Setembro passado-, questionando mesmo Benjamim Pereira se “o investimento em ‘Obras de Arte’ será a melhor forma de dinamizar uma cidade inteligente”.
Aquela organização cívica acrescenta, na que primeira sessão, realizada em Ermesinde, onde esteve presente, “foi enaltecido o uso das tecnologias”, não constando “qualquer referência a obras de arte como parte importante no desenvolvimento económico, eficiência urbana ou sustentabilidade”.
A associação sustenta que “é fundamental” que Benjamim Pereira “entenda a importância no uso de novas tecnologias e de eventos inovadores, que permitem optimizar o planeamento e gestão das cidades, aumentando a eficiência das operações urbanas, o seu desenvolvimento económico e a sua sustentabilidade”.
“Uma cidade inteligente é uma cidade inter-conectada, entre si e com os seus cidadãos”, frisa.
Na perspectiva da associação, para a cidade “ser uma referência nacional em Smart City a cidade deve investir, como as cidades inteligentes por toda a Europa, em tecnologia inovadora”.
“Apostar na monitorização de praias com uma app que permita saber como está o tempo e a temperatura da água em tempo real é um exemplo do que poderia ser feito em Esposende e que teria maior impacto que duas das obras de arte que foram recentemente colocadas na marginal da cidade”, vinca.
A associação recorda que já solicitou a Benjamim Pereira um ‘Summit’ para Esposende e “um maior apoio aos jovens que desenvolvem aplicações ecológicas no centro de programação local”, que consideram serem meios para desenvolver o conceito Smart City.
“Não é com obras de arte ou com sensores que medem a poluição que se consegue colocar Esposende como uma verdadeira cidade inteligente”, atira a concluir a Cidadãos de Esposende.
Fernando Gualtieri (CP 1200)