O Daesh reivindicou atentado cometido por americano de origem afegã a discoteca LGBTI na Florida. “Não vamos ceder ao medo ou virar-nos uns contra os outros”, disse Obama.
Foi um acto de “terror e de ódio”, resumiu o Presidente Barack Obama, embora não se saiba ainda o que levou o cidadão americano de origem afegã, Omar Mateen, a atacar a discoteca gay Pulse em Orlando, na Florida.
No ataque a tiro mais mortífero da História dos Estados Unidos, trocou tiros com 11 agentes do corpo de intervenção da polícia e matou 50 pessoas, ferindo 53, depois de ter prestado juramento ao Daesh– num telefonema feito para o 112, momentos antes do ataque.
Armado com uma espingarda, uma pistola e o que se pensa ter sido um engenho explosivo – que a polícia desactivou junto à porta da discoteca –, o atirador fez reféns e manteve a discoteca para pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e intersexo (LGBTI) sob sequestro durante três horas, disse o chefe da polícia local, John Mina. O crime está a ser investigado como um caso de terrorismo.
“Nenhum acto de terror e de ódio pode mudar aquilo que nós somos”; disse Barack Obama, de cara fechada – este é a 18.º vez, durante os seus dois mandatos, que tem de discursar depois de um ataque a tiro mortal. “O que é claro é que este acto foi cometido por uma pessoa cheia de ódio. Iremos onde os factos nos levarem”, prometeu o Presidente dos EUA.
Obama fez um apelo à unidade: “Face ao ódio e à violência, amemo-nos uns aos outros. Não vamos ceder ao medo ou virar-nos uns contra os outros. Vamos permanecer unidos como americanos para proteger o nosso povo e defender a nossa nação, e agir contra os que nos ameaçam.”
Omar Mateen é de origem afegã mas nasceu nos EUA, em Nova Iorque, e trabalharia como segurança, diz a NBC News. Tinha várias licenças de porte de armas. Mateen estava sob vigilância da polícia, desde 2013, embora nunca tenha sido detido.
FG (CP 1200) com SIC