Um ataque registou-se esta sexta-feira na Crocus City Hall, uma sala de espectáculos localizada em Moscovo, causando um número indeterminado de mortos.
Pelas 19h00 (hora de Lisboa) o edifício continuava a arder e registavam-se ainda disparos no interior. Segundo o autarca de Moscovo, citado pela Agence France-Presse (AFP), todos os eventos públicos foram cancelados na cidade durante o fim-de-semana.
“Pessoas desconhecidas abriram fogo na Crocus City Hall. A evacuação das pessoas está a decorrer”, confirmaram os serviços de emergência à agência de notícias TASS, citada pela AFP. Um jornalista da agência Ria Novosti reportou feridos e disparos de “armas automáticas”.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, classificou o que aconteceu como um ataque terrorista.
De acordo com o governo russo, citado pela agência de notícias russa RIA Novosti, cerca de 100 pessoas foram retiradas da cave da sala de espectáculos. Os socorristas estarão a retirar pessoas do telhado da Crocus City Hall.
Foram enviados aviões para o local para extinguir o incêndio, disse à TASS o Ministério das Emergências da região de Moscovo. “A aviação está envolvida no combate ao fogo na cidade de Crocus”, disse a autoridade. Dois helicópteros estão agora a descarregar água.
A Casa Branca, citada pela AFP, garante não haver até ao momento de qualquer indicação de influência ucraniana no ataque. “Não há qualquer indicação, neste momento, de que a Ucrânia ou os ucranianos estejam envolvidos no ataque”, disse aos jornalistas o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby
Numa altura em que ainda falta perceber todos os contornos do ataque, o suposto “atentado terrorista”, como já descreveram algumas autoridades russas, segue-se a uma série de avisos das embaixadas ocidentais no país.
Foi há cerca de duas semanas que a embaixada dos EUA e a do Reino Unidos alertaram para a possibilidade de ataques terroristas na Rússia, seguindo-se depois as de vários países, incluindo Portugal.
Com Agências