Está em curso uma nova burla através de redes de comunicações, que funciona pelo envio massivo de mensagens SMS para diferentes destinatários. Essas mensagens, referem uma dívida – e respectivo pagamento – à EDP – Energias de Portugal.
O alerta para a burla foi emitido pelo gabinete de cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pede aos cidadãos que comuniquem o recebimento destas mensagens ao Ministério Público (MP) ou aos órgãos de polícia criminal.
“O método criminoso consiste assim na remessa de mensagens escritas, por telefone, para as vítimas. Tais mensagens são remetidas de forma indiscriminada e massiva, para inúmeros destinatários. Para o efeito são usados cartões telefónicos de redes nacionais, frequentemente com o número chamador oculto, ou cartões telefónicos pré-pagos”, refere a PGT em comunicado.
O MP alerta ainda que as mensagens fraudulentas podem vir identificadas como ‘EDP’, ‘EDP PT’, ‘Energias de Portugal’ ou ‘AVISO CORTE’, simulando o corte de energia caso o alegado pagamento em dívida não seja efectuado.
O objectivo é “criar no destinatário da mensagem a necessidade emergente e o impulso imediato de pagar a dívida, para evitar a ameaça de corte de fornecimento”, acrescenta a nota.
O aviso do MP quer ainda deixar claro que “estas mensagens não são remetidas pela EDP – Energias de Portugal, nem por qualquer outra entidade a ela associada, ou por ela autorizada”.
As referências bancárias indicadas são “solicitadas pelos criminosos a entidades financeiras que prestam os serviços”, que são fornecidas por uma “sociedade de direito holandês”.
“O propósito dos autores destes factos criminosos é burlar vítimas menos atentas, convencendo-as a efectuar pagamentos indevidos”, atenta ainda, recomendando que as mensagens sejam avaliadas “cautelosamente”.
“Não deve responder-se às mesmas, devendo antes tais mensagens ser comunicadas ao Ministério Público ou aos órgãos de polícia criminal. Para além disso, mensagens deste tipo devem ser ignoradas, sem se lhe dar qualquer sequência”, conclui a nota da PGR.