O atraso no arranque dos fundos comunitários do programa Norte 2020 vai transtornar a vida política de muitos municípios minhotos que não poderão fazer obras antes das eleições autárquicas de 2017. O que tem implicações nas eleições autárquicas do próximo ano.
Fonte ligada à CCDR-Norte disse ao PressMinho que, na melhor das hipóteses, a adjudicação de obras para escolas, centros de saúde ou mesmo de infra-estruturas intermunicipais – neste caso preparadas em conjunto na CIM- Comunidade Intermunicipal do Cávado – será feita em 2017.
O atraso no andamento destes projetos – sublinhou a mesma fonte – abrange não só os municípios, mas outras entidades coletivas, sem esquecer as empresas, de cujo desagrado, ainda há dias, o PressMinho deu nota, no final de uma sessão de divulgação do Norte2020, realizado na Associação Industrial do Minho.
A situação terá, por isso, repercussão nas ‘autárquicas’ prejudicando, pelo menos teoricamente, os presidentes de Câmara em exercício e beneficiando os candidatos da oposição, que virão a terreiro acusá-los, de “nada” terem feito.
Ao atraso haverá, ainda, que acrescentar que o próprio programa Norte2020 priveligia o investimento em atividades produtivas, em detrimento de obras municipais avulsas como sucedia no passado. Daí que muitos municípios apostem, agora, na atração de investimento privado e no apoio ao empreendedorismo.
Em Braga, o PS tem sete câmaras: Barcelos, Guimarães, Vizela, Fafe, Cabeceiras de Basto, Terras de Bouro e Amares. Mas nesta última, o seu presidente, Manuel Moreira entrou em rutura com o partido e pondera avançar como independente.
O PSD domina outras sete, as autarquias de Braga, Vila Verde, Famalicão, Esposende, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho e Celorico de Basto.
Assim, e embora muita água vá, ainda, correr pelas pontes, adivinham-se umas eleições muito disputadas.
Luís Moreira (CP 8078)