Portugal está entre os 20 países europeus onde aumentou o risco de escravatura moderna em 2017, segundo notícia o Jornal de Notícias, este domingo. O diário cita um relatório da consultora Verisk Maplecroft.
Segundo aquele jornal, a maioria dos países classificados que viram aquele risco crescer teve como causa o acolhimento de refugiados e migrantes. Dois terços dos países da União Europeia viram crescer o risco de escravatura.
Em Portugal, o aumento do risco tem que ver com a inoperância das autoridades que deveriam fiscalizar o cumprimento das leis laborais, a par do aumento do trabalho temporário e dos relatos de servidão e tráfico humano, que colocam o país na categoria de risco médio de escravatura moderna.
Em Portugal há um agravamento nos “indicadores que avaliam a severidade e frequência de ocorrências”, reportando-se a “relatos de formas severas de escravatura moderna, incluindo trabalhos forçados, servidão e tráfico”.
O JN escreve ainda que a Autoridade para as Condições do Trabalho abriu concurso, há cerca de meio ano, para acrescentar 83 inspectores aos cerca de 300 que possuía em 2015. Nesse ano, registou-se uma redução de 56% de inspecções em relação a 2011, o período pré-crise.