Armando Caldas, que há quatro anos assumiu uma candidatura independente à Câmara Municipal de Braga em nome do partido Nós, Cidadãos, explica o seu apoio a Hugo Pires, cabeça-de-lista do PS à autarquia. O médico integra a lista à Câmara Municipal.
“Foi com grande esperança que vi Hugo Pires assumir a liderança de um combate difícil, mas não impossível. Acredito ser a pessoa certa para fazer de Braga um concelho à altura das expectativas que a história escrita no seu passado alenta, não só pela sua experiência política e executiva, mas também pela sua formação académica, activo importante quando se pretende fundir o progresso com a harmonia”, escreve em texto divulgado esta quinta-feira por Pires.
Em 2017, diz, assumiu essa candidatura “num exercício de cidadania” e por sentir que a cidade onde reside há cerca de duas décadas, bem como o concelho, “estavam a perder o fôlego do desenvolvimento de um passado recente”.
Agora – diz Armando Caldas – “a falta de visão para traçar mais ambiciosos horizontes para o futuro se casava com a incapacidade de vencer o atoleiro de dificuldades que o crescimento, nem sempre bem ponderado, aprisionou a cidade, os que nela habitam e nela trabalham», o que o fez sentir no dever de dar o seu «contributo para em conjunto possibilitar um melhor futuro ao futuro”.
“Se era então forte o sentimento de que a gestão do município se pautava pela inércia, estes últimos quatro anos só confirmaram a frustração dos quatro anos anteriores”, diz.
Caldas diz ter sugerido nas redes sociais, no início do ano, o esforço de envolver os partidos de esquerda e cidadãos independentes para “em conjunto construir uma candidatura alternativa que fosse capaz de romper com a falta de soluções para os mesmos problemas de sempre” e “edificar uma candidatura onde os superiores interesses dos bracarenses se sobrepusessem aos interesses partidários”, “para materializar ser bom morar, mas também trabalhar e visitar, Braga”.
“Não foi essa a vontade dos actores políticos”, lembra.
Assim, face às “inúmeras” candidaturas para esta eleição, Armando Caldas diz ter entendido “não haver vantagem em fragmentar mais o que já estava fragmentado, considerando não estarem reunidas as condições para construir mais uma candidatura de mais um partido”.
Nestas circunstâncias – enfatiza – “só o PS está em condições de poder conquistar a Câmara Municipal e inverter um rumo sem rumo”.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)