A candidatura do BE defende uma intervenção urgente na praça do campo da Vinha, que transforme aquele “deserto de granito”, num jardim aprazível, e que algumas barreiras arquitectónicas sejam eliminadas.
Após uma visita uma das praças mais emblemáticas da cidade, os bloquistas bracarenses recordam que “a sua alegada requalificação constituiu, na verdade, uma das mais desastrosas e polémicas intervenções que a cidade conheceu no pós 25 de Abril”.
“Não conheço ninguém que goste do desenho desta praça”, afirmou a cabeça de lista, Paula Nogueira.
Os candidatos do BE, Paula Nogueira, João Rodrigues e Jorge Vilela, fora unânimes em considerar que “não são precisos muitos milhões” para “minimizar o desastre”, adiantando que “é possível substituir o granito por relva, criar sombras, quer através da plantação de árvores, quer de pérgolas com trepadeiras, quer através de outras soluções a serem estudadas”.
“Isto para que não se assista ao triste cenário que assistimos num dia de calor como o de hoje [sábado], em que a praça está a escaldar e as pessoas estão refugiadas à sombra nos poucos bancos que existem do lado das lojas”.
Ora, como lembrou Paula Nogueira, “As praças fazem-se para terem pessoas dentro, para serem usufruídas, e não para se estrelarem ovos no Verão”, lembrou Paula Nogueira.
Do ponto de vista ambiental e urbanístico, referiram os candidatos, “o excesso de granito, sobretudo no lajeado do chão, nesta e noutras praças da cidade de Braga, absorve e reflecte o calor, contribuindo para o aumento das temperaturas na cidade”.
“Nos últimos anos – acrescenta o BE bracarense- a impermeabilização crescente dos solos através de grandes placas de granito, a diminuição das zonas verdes públicas e privadas, o corte injustificado de árvores e a falta de atenção por parte do actual executivo camarário para estas questões, em muito contribuem para que a cidade se torne cada vez mais quente e seca e com pouca amplitude térmica nos meses mais quentes”.
“Como é sabido, esta situação resulta no aumento da concentração de poluentes e gases com efeito de estufa, o que torna o ar pouco respirável, compromete a saúde pública e torna nada aprazíveis os espaços públicos ao ar livre”, afirmam os candidatos.
FG (CP 1200)