A candidata do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara Municipal de Braga, Alexandra Vieira, defende uma programação cultural para o concelho, mas de maior qualidade e com a presença de mais artistas locais.
Acompanhada pela à UF de Nogueira, Fraião e Lamaçães, Norberta Grilo, a cabeça-de-lista bloquista à autárquica lembrou no encontro com Marta Moreira, da Plataforma Pandemónio, que “há público em Braga com vontade de ver espectáculos ao vivo e que esse hábito tem de ser retomado com brevidade”.
Contudo, sustenta que são os municípios que “têm mais responsabilidades” no apoio à cultura, “em particular por parte de quem opta por viver desta actividade” no concelho.
“Há bons exemplos bem perto do concelho que podem ser replicados no conselho, numa agenda mais pequena, de maior qualidade e com mais artistas locais”, defende as candidatas do Bloco.
O propósito da reunião com a responsável da ‘Pandemónio’, com sede na cidade, foi conhecer as dificuldades por que passou o sector da cultura durante a crise pandémica e conhecer os objectivos deste projeto, criado em plena pandemia.
Marta Moreira referiu que as principais dificuldades, mesmo em contexto de pandemia, são os critérios “pouco claros” no programa Garantir Cultura, do Ministério da Cultura, e os apoios de “pouca monta” por parte do município aos projectos locais. Referiu ainda “os preços elevados” de aluguer das estruturas culturais, considerando-os “um grande obstáculo” para os produtores independentes.
“Se por um lado, há uma dinâmica de eventos culturais, mesmo com as restrições, por outro, é confrangedor ver espectáculos de grande qualidade com pouco público”, afirmou Alexandra Vieira, um receio partilhado por Marta Moreira é o de que as pessoas se tenham adaptado demasiado depressa ao digital e à internet.
Por isso, defende que a divulgação dos eventos, por exemplo na agenda do município precisa de ter “outra dinâmica, ser mais ágil e aberta, de modo a traduzir tudo o que acontece em termos culturais na cidade de Braga”.
As candidatas do BE referiram que há público em Braga com vontade de ver espectáculos ao vivo e que esse hábito tem de ser retomado com brevidade.
Lembram ainda que são os municípios que “têm mais responsabilidades no apoio à cultura, em particular por parte de quem opta por viver desta actividade em Braga”.
“Há bons exemplos bem perto do concelho que podem ser replicados no conselho, numa agenda mais pequena, de maior qualidade e com mais artistas locais”, apontam.
Marta Moreira referiu ainda outras propostas como a mediação cultural, a variedade da programação cultural das estruturas culturais do município, a melhoria na comunicação e a importância da Fábrica Confiança, que poderia funcionar como um ‘hub cultural’.
Marta Moreira escolheu Braga para viver. É instrumentista, escritora, performer e activista pela cultura e lidera, para já, a Plataforma Pandemónio, que tem actuado como veículo de divulgação de iniciativas, atividades, publicações e projectos do concelho bracarense.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)