O Movimento de Alternativa Socialista (MAS) promoveu este sábado um encontro frente ao Tribunal de Barcelos para alertar que “o machismo mata”. Vasco Santos aponta precaridade, a dependência económica e os baixos salários como causas e defende a criação de um gabinete municipal de atendimento especializado e apoios económicos para vítimas de violência doméstica bem como apoios económicos às vítimas.
“Estamos fartos de julgamentos com sentenças incompreensíveis e que reflectem o machismo estrutural existente na justiça e na sociedade”, afirma o candidato do MAS à Camara Municipal, Vasco Santos, referindo que alguns casos se registaram no concelho barcelense “onde a violência doméstica tem aumentado” com “consequências dramáticas”.
Vasco Santos descreve a situação como sendo “um problema muito ligado ao nosso tecido produtivo e à precariedade e baixas remunerações”.
“Vivemos num concelho que na esmagadora maioria dos casos paga baixos salários, em particular às mulheres em que uma grande parte delas labora na indústria têxtil”, afirma, acrescentando que “a questão do salário é fundamental pois salários baixos e precariedade não oferecem condições para a vítima poder ter independência financeira do agressor. É preciso salários dignos para corrigir essas desigualdades”.
“Faltam políticas públicas do governo e do poder local para combater a opressão da mulher afirmou, por sua vez, a dirigente nacional do MAS, Renata Cambra,” explicando que “é exactamente por causa disso que a candidatura do MAS aos órgãos locais em Barcelos tem 72% de mulheres e propõe a criação de um gabinete municipal de atendimento especializado para vítimas de violência doméstica bem como apoios económicos às vítimas que lhes permitam estar afastadas dos agressores”.
A dirigente do movimento remata: “A violência doméstica não é o único problema, há outras políticas como a criação de creches e lavandarias públicas como forma de socializar aquilo que é trabalho doméstico que a nossa candidatura propõe”.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)