Um homem, de 51 anos, morreu esta terça-feira, após um rebentamento do paiol em que se encontrava a colocar carga explosiva em foguetes, nas instalações da pirotecnia Piromagia, em Azões.
Um familiar da vítima contou que faz hoje precisamente 30 anos que um outro acidente de trabalho, nas antigas instalações desta empresa familiar, deixara Ramiro Torres com queimaduras, sobretudo nos membros superiores e na cara.
Segundo o comandante interino dos Bombeiros de Vila Verde, Luís Morais, o incêndio provocou a «destruição total» do paiol em que a única vítima mortal se encontrava, tendo ainda feito com que outros dois trabalhadores sofressem o impacto da explosão, embora sem ferimentos.
«Esta é uma empresa que cumpre as regras de segurança e que se adaptou muito bem à realidade do trabalho nesta área da pirotecnia, daí só haver a destruição de um paiol», referiu.
No momento da explosão, estavam a trabalhar na Piromagia seis dos 17 operários da empresa.
A esposa e as duas filhas de Ramiro Torres, de 11 e 17 anos, estão a ser acompanhadas por médicos do Centro de Saúde de Vila Verde, por solicitação da Câmara.
«Procuramos encontrar soluções para dar apoio nesta hora difícil. Os médicos do Centro de Saúde mostraram-se disponíveis e já estão na casa da família a prestar todos os cuidados», disse, no local, o presidente da autarquia, António Vilela.
«A empresa cumpre todas as normas, mas sabemos que há sempre riscos inerentes ao trabalho com explosivos», acrescentou.
As causas da explosão estão a ser investigadas pelos técnicos da GNR e da PSP. No local, estiveram também representantes da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Ao que apurámos, Ramiro Torres seria um dos proprietários desta empresa, juntamente com dois irmãos e três primos.
Ricardo Reis Costa CP(10478)