A bandeira nacional da Suécia foi hasteada esta segunda-feira na sede da Nato, consolidando o país como o 32.º membro da aliança, dois anos depois da invasão da Ucrânia pela Rússia ter mudado a estratégia militar do Estado nórdico. O ministro dos Negócios Estrangeiros português destacou a “forte carga simbólica”.
Sob uma chuva constante, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, e o secretário-geral da Nato, Jens Stoltenberg, observaram dois soldados a erguer a bandeira azul estampada com uma cruz amarela entre o círculo oficial de bandeiras nacionais da organização com sede em Bruxelas, Bélgica.
“Somos humildes, mas também temos orgulho. Sabemos que as expectativas para a Suécia são altas, mas também temos grandes expectativas para nós próprios”, disse Kristersson aos jornalistas minutos antes da cerimónia.
“Partilharemos fardos, responsabilidades e riscos com os nossos aliados”, garantiu.
A participação da Suécia na Nato (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a maior organização de segurança do mundo, traz para o seio da aliança forças armadas bem treinadas e equipadas.
O país tem trabalhado em estreita parceria com a Nato durante exercícios militares ao longo dos anos, sobretudo desde o início da invasão russa da Ucrânia, e cumpre a meta de gastos com defesa estabelecida, que é de investir 2% do Produto Interno Bruto (PIB).
“CARGA SIMBÓLICA”
A adesão da Suécia completa um anel estratégico do território da NATO em torno do Mar Báltico. O país beneficia agora da garantia de segurança colectiva da aliança através do Artigo 5º. do tratado, que expressa que os países signatários concordam que um ataque armado contra um ou vários desses países será considerado um ataque a todos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português destacou, esta segunda-feira, a “forte carga simbólica” do momento em que foi hasteada a bandeira da Suécia na sede da NATO em Bruxelas, marcando a adesão do país como 32.º membro da aliança.
“Foi hoje [segunda-feira] içada a bandeira sueca no QG [quartel-general] da Nato, um momento de forte carga simbólica. A adesão da Suécia à Nato é resultado directo da agressão ilegal e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Juntos somos mais fortes”, escreveu João Gomes Cravinho, na rede social X.
A cerimónia de hastear da bandeira aconteceu no momento em que 20.000 soldados de 13 países iniciaram exercícios da Nato no extremo norte da Suécia e dos vizinhos Finlândia e Noruega.
O exercício nos países nórdicos faz parte de uma operação mais ampla, chamada ‘Steadfast Defender 24’, a maior da Nato nas últimas décadas, na qual cerca de 90.000 soldados participam durante vários meses.
O objectivo é mostrar a qualquer adversário que a aliança pode defender todo o seu território, desde a América do Norte até às fronteiras com a Rússia.
Com MadreMedia