O vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva apelou, sexta-feira à noite, em Barcelos ao atual governo do PS para que “não deixe para demasiado tarde a correção da estratégia de política económica e orçamental que tão maus resultados deu nos últimos seis meses”.
“Os últimos indicadores orçamentais e económicos da gestão do atual Governo do PS já mostram que o PSD tinha razão quando avisou que era preciso cuidado e que alguma coisa não batia certo no quadro macroecómico”, afirmou.
Para o ex-ministro do Ambiente e da energia, “há muita fezada e pouca sustentação no quadro macroeconómco pois Portugal não pode crescer no défice nem na dívida – que já tingiu 125 por cento do PIB- tem, sim, de crescer na exportação e no investimento qualquer modelo.
Jorge Moreira da Silva falava na sessão de tomada de posse dos membros da Comissão Política de Secção de Barcelos, liderada por José Novais. No ato participaram o vice-presidente da Comissão Política Distrital de Braga, André Coelho Lima, o deputado barcelense Joel Sá, bem como dirigentes do PSD e do CDS/PP.
“Problema sério”
Para o ex-governante, as políticas socialistas implicam o regresso às causas da crise, a 2008/9 e 2010: “bastaram seis meses deste governo, três meses de execução orçamental e três meses de avaliação económica por organizações internacionais como o FMI, a CE e nacionais como a do Conselho de Finanças Públicas, para se compreender que, se a estratégia não for corrigida, estaremos perante um problema sério”.
Jorge Moreira da Silva recuou seis meses para lembrar que, quando o PSD saiu do governo o défice tinha descido de 10 para três por cento, descontando o efeito da resolução do Banif já feita por este governo, e que o défice estrutural tinha baixado de nove para dois por cento o que não tem comparação a nível europeu”
Salientou que o desemprego baixou de 16 para 12,5 %, sendo inferior ao herdado do anterior governo e apesar das medidas difíceis impostas pela Troika aos portugueses, que o nível de crescimento das exportações era de dez pontos percentuais e que estas atingiram 43 do
PIB.
Vincou que o PIB cresceu 1,5% em 2015, que o investimento aumentava ao ritmo de cinco por cento ao ano e que os níveis de confiança de empresas e consumidores não tinha comparação desde 2002. Em contrapartida, – disse – com este governo de coligação com a esquerda radical, já se destruíram, de repente, 49 mil postos de trabalho, as exportações caíram quatro por cento nos últimos seis meses e o crescimento foi apenas de 0,8 %, abaixo da média europeia, ao contrário do que sucedeu até 2015.
“Este governo não só não reforma como acaba com as reformas estruturais já feita e ainda as reverte como acontece nas águas, no arrendamento, no mercado de trabalho, na justiça e nos transportes.
A concluir Jorge Moreira da Silva disse que o PSD está a mostrar aos portugueses que tem uma alternativa de crescimento sustentado para o país, baseado no investimento: “ninguém investe num país que apresenta vários orçamentos, descarta as reformas feitas e anda coligado com o Syriza da Grécia.
Luís Moreira (CP 8078)