Bloco de Esquerda (BE) questionou o Ministério de Saúde sobre que medidas estão a ser tomadas para garantir que a urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Braga não volta a encerrar ainda esta semana, devido causa da ‘ponte’ do feriado de quinta-feira, obrigando as futuras mães a correr “seca e meca” à procura de uma unidade de saúde que assegure a realização do parto.
Em nota ao PressMinho, a Coordenadora Distrital do Bloco afirma que o encerramento “é uma situação grave, que não poderia acontecer” e que “carece de medidas estruturais urgentes para garantir que não volta a repetir-se”.
“Não se pode aceitar que um hospital com a dimensão e diferenciação do Hospital de Braga possa ter a urgência de ginecologia/obstetrícia encerrada, deslocando as utentes para os hospitais da região”, frisa a nota, referindo que, de acordo com os dados do próprio hospital, realizam-se ali, em média, oito partos por dia.
Os bloquistas recordam que esta semana há uma ponte (com o feriado de 16 de Junho), dentro em breve um novo fim-de-semana prolongado (com o feriado de São João, no dia 24 de Junho) e a aproximação da época de férias de Verão, que, naturalmente, implica a ausência de profissionais dos serviços.
Para o BE “é inaceitável” que as utentes tenham de que andar a correr ‘“seca e meca”’, nomeadamente para Guimarães, Famalicão ou Viana do Castelo, à procura de um local para ter o parto, considerando ainda que “é inaceitável sujeitar as utentes a esta incerteza, acrescentando ansiedade a uma situação já de si ansiogénica”
“Mesmo que se trate de uma situação absolutamente pontual, o Bloco de Esquerda considera que é imprescindível averiguar como foi possível chegar a este ponto bem como quais as medidas que estão a ser implementadas para assegurar que tal não volta a acontecer”, lê-se na nota.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)