O Bloco de Esquerda (BE) “lamenta profundamente” que o PS tenha inviabilizado o pedido do Bloco para que o ministro da Saúde fosse ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre a possibilidade de encerramento de maternidades e urgências de obstetrícia/ginecologia no Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente a do Hospital de Famalicão.
Lembrado em comunicado que todos os partidos votaram a favor da audição, excepto os socialistas, o Bloco pretendia ouvir Manuel Pizarro sobre o relatório elaborado pela Comissão de Acompanhamento, coordenada por Diogo Ayres de Campos, onde estaria previsto o encerramento, por exemplo, da maternidade do Hospital de Famalicão.
O BE recorda ainda que, questionado sobre o assunto, Diogo Ayres de Campos, não só admitiu esta possibilidade como reconheceu o encerramento de outras maternidades, afirmando que “todo o problema tem a ver com os recursos, se não houvesse dificuldades com os recursos, provavelmente não estávamos a pensar em sugerir, concentrar esses mesmos recursos”.
No requerimento entregue no Parlamento, o Bloco lembra que “a situação de falta de profissionais na área de obstetrícia e ginecologia não é nova e o Governo nada fez para melhorar a situação simplesmente porque não quis”.
. As carreiras não serão melhoradas com encerramentos. E, mais importante do que tudo, a prestação de cuidados à população não melhora quando se encerram serviços. Muito menos a acessibilidade”, sustentam os bloquista.
Para esclarecer esta situação, o Bloco considerava “fundamental” a audição de Manuel Pizarro na Assembleia da República, que o PS rejeitou.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)