O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) questionou o Ministério da Saúde sobre o encerramento temporário da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), pólo de Apúlia, em Esposende, para obras. A população teme que a unidade, encerrada em finais de 2022 devido à má qualidade do ar não reabra.
Por esta razão, o BE quer que o ministro Manuel Pizarro diga se pretende encerrar definitivamente a unidade e para quando estão previstas as obras.
Os bloquistas pretendem saber, ainda, se o Governo reconhece a importância deste pólo para a população que serve, cerca de 9.400 pessoas.
A população, conta Bruno Maia, em nota ao PressMinho, “está com receio que a unidade de saúde não reabra e a decisão de encerramento temporário passe a efectivo”.
É que “as obras de reabilitação ainda não começaram e recentemente a morada do Pólo de Saúde de Apúlia desapareceu da lista das unidades de saúde, no sítio da internet do Bilhete de Identidade dos Cuidados de Saúde Primários”, refere o cabeça-de lista do Bloco por Braga.
Ora, em resposta a uma questão do BE, já em Maio de 2023, o Ministério da Saúde indicava que a requalificação da unidade de saúde estava inscrita no PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, e apontava a conclusão da obra para o final de 2024.
Os utentes temem, assim, que o “encerramento temporário”, devido à presença de naftalenos no ar, confirmada por um estudo de Dezembro de 2022, se torne definitivo.
Dividida em dois pólos, um na Apúlia e outro em Fão, a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Apúlia tem cinco médicos, abrange um total de 9.360 utentes, dos quais 1.331 não têm médico de família, de quatro freguesias do concelho esposendense.
Fernando Gualtieri (CP 7889)