O Bloco de Esquerda (BE) recomenda ao Governo medidas para mitigar os efeitos dos riscos emergentes na contaminação de águas residuais. Pedro Soares defende o recurso à radiação ultravioleta (UV) todo o ano para combater a bactérias multirresistentes, como as encontradas no Rio Ave.
Nesse sentido, o grupo parlamentar do BE apresenta um projecto de resolução para que se realize um conjunto de análises em diferentes cursos de água do nosso território, com o objectivo de fazer o levantamento dos níveis de contaminação e disseminação de bactérias multirresistentes.
Os recentes focos de poluição denunciados publicamente comprometem ainda mais o perigo de contaminação da Bacia Hidrográfica do Ave. Nesse sentido, a par da introdução de análises a cursos de água para a identificação da possível presença de bactérias multirresistentes, os parlamentares bloquistas pretendem ainda o reforço de medidas separadoras de águas pluviais, domésticas, industriais e hospitalares e a implementação do tratamento terciário por metodologia de exposição a radiação ultravioleta.
“Não faz sentido que a água das chuvas, que necessita de pouco tratamento seja misturada com águas domésticas e industriais antes do tratamento, encarecendo e dificultando o tratamento das águas mais poluídas”, destaca o documento apresentado pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.
Como medida urgente no caso das águas com risco de presença de bactérias multirresistentes, o tratamento terciário através da exposição da radiação ultravioleta (UV) trata-se de um método mais eficaz para anular esse tipo de contaminação.
“Pela informação de que dispomos, o método UV é apenas usado em época de estiagem. No entanto, a contaminação no rio Ave foi identificada fora dessa época, em Fevereiro, pelo que o método UV deve ser utilizado todo o ano”, refere o deputado eleito por Braga, Pedro Soares.
FG (CP 1200)