A Concelhia de Braga do Bloco de Esquerda (BE) manifesta “perplexidade” com a falta de funcionários na Escola Básica do 1.º ciclo de Ponte Pedrinha que deixou 150 alunos do 1.º ao 4.º ano sem aulas no primeiro dia do ano lectivo e responsabiliza a Câmara Municipal pelo caso.
Em comunicado ao PressMinho, os bloquistas consideram “incompreensível a falta de actuação” do executivo municipal, que segundo a associação de pais e a directora do Agrupamento de Escolas André Soares já tinha reportada à autarquia a falta de assistentes operacionais na escola (onde funciona também um jardim de infância).
O BE afirma que a Câmara, “como entidade responsável pelo acautelamento de todas as necessidades com o pessoal não docente, cabendo-lhes a responsabilidade de contratação de novos funcionários, deveria ter um papel essencial na promoção de um início do ano lectivo de forma tranquila e organizada”.
Para os bloquistas, o caso “vem também provar que os recursos humanos são insuficientes e que deverá existir uma bolsa de pessoas para eventuais substituições”. Já na véspera, a associação de pais alertara, na sua página de Facebook, para a “forte possibilidade da escola não abrir devido à inexistência de número suficiente de assistentes operacionais”.
Para o Bloco, a situação “demonstra falta de coordenação, mas acima de tudo uma enorme falta de consideração para com as famílias que numa situação já de si atípica, fruto dos condicionalismos provocados pela covid-19, são ainda forçados a encontrar alternativas para os seus educandos”,
A Concelhia refere ainda que “a falta de informação, a dúvida e a incerteza, num ano lectivo que se pretende de regresso a uma normalidade, que se prevê bastante desafiante para toda a comunidade escolar”, “em nada contribuem para um ambiente que se quer sereno e sem sobressaltos”.
“Os pais e alunos das crianças deste estabelecimento de ensino ficam assim irremediavelmente prejudicados e privados de iniciar o ano lectivo, conforme previsto, sendo informados desta situação apenas no próprio dia, anulando qualquer hipótese de poderem recorrer a soluções alternativas com a devida antecedência”, acrescenta.
“A comunidade escolar não poderá sair prejudicada pela falta de eficácia de gestão dos seus próprios recursos devendo o município assumir todas as suas responsabilidades e evitar que estes casos se tornem a repetir”, conclui o BE.
Também esta quinta-feira, a vereadora da Educação, Lídia Dias, explicou ao JN que “nos últimos dias, aumentou exponencialmente o número de baixas médicas por parte de assistentes operacionais e, tendo em que conta que há 30 funcionários com baixas médicas prolongadas, não está a ser fácil fazer substituições ou contratações”.
Fernando Gualtieri (CP 1200)